Casamento na Quinta das Silveiras: Andrea + Emanuel
Esta semana temos um casamento que é todo ele feito de doçura e sorrisos maravilhosos.
É o mais bonito dos dias (garantidamente!) da Andrea + Emanuel, na Quinta das Silveiras em Leiria.
E sabem porque é que é tão especial?
Porque foi exactamente isso que a Andrea me contou, num email bonito e muito gentil. Escolheu no Simplesmente Branco os seus fornecedores perfeitos (contei cinco dos actuais e outros dois que já passaram por cá), e a satisfação foi total – fazia as mesmas escolhas outra vez!
É sempre um prazer imenso ouvir estes casos de amor: as histórias dos noivos e a sintonia com os profissionais. Saber que, de alguma forma, contibuímos um bocadinho para esse dia de sonho, é magnífico!
Deliciem-se com os sorrisos contagiantes da Andrea e do Emanuel. Com eles estiveram a Invite – Momentos Felizes, a Quinta das Silveira / Iguarias do Tempo, o Coro Génesis a surpreender a noiva na cerimónia, a Jukebox a animar a pista de dança, e a Teresa e o Dado da Arte Magna a fotografar.
Venham ver!
Quando a resposta foi “sim!”, como é que imaginaram o vosso dia?
Sem dúvida, especial, queríamos que fosse o conto de fadas com que sempre sonhámos. Sabíamos exactamente o que queríamos, simplicidade, elegância e que cada pormenor tivesse um toque especial das nossas vivências, família e amigos.
Sentiam-se preparados ou foi um caminho com muitos nervos?
Inicialmente, achámos que não estaríamos preparados para organizar um evento tão íntimo e em que cada pormenor conta. Mas desejávamos tanto este dia, que estávamos os dois focados para que fosse único e inesquecível. Mas, claro, há sempre alturas que nos deixam com aquele nervosismo, principalmente quando queremos tudo na perfeição. Mas, com a preciosa ajuda de todos os fornecedores, este caminho tornou-se mais simples e tranquilo. Toda a preparação já nos deixa saudades.
Em que momento da organização do casamento é que sentiram, «é mesmo isto»?
No momento em que escolhemos a quinta. Visitámos várias quintas, mas para nós era importante que o local espelhasse os nossos desejos. Após a visita à Quinta das Silveiras e falarmos com a Susana, o nosso sorriso disse tudo… era sem dúvida ali que seria o nosso dia.
O resultado é fiel às ideias iniciais ou muito diferente? Contaram com alguma ajuda?
O resultado final foi, sem dúvida, fiel ao que tínhamos idealizado. Sabíamos o que queríamos e o Simplesmente Branco ajudou-nos a encontrar os fornecedores ideais para o concretizar. Tivemos a sorte de nos cruzar com a Susana, que foi incansável na preparação do casamento. Sentimos que podíamos estar tranquilos, porque tudo ia estar perfeito.
Ainda assim, todos os fornecedores nos ajudaram a tornar este dia inesquecível. Contámos também com a ajuda de amigos e familiares.
O que era fundamental para vocês? E sem importância?
Primeiro, que desfrutássemos do nosso dia.
Depois, queríamos que os convidados sentissem que a festa também era para eles e que se sentissem parte deste dia.
O Emanuel é de Braga e estamos no Porto há 10 anos, por isso tínhamos convidados que fizeram cerca de 200 Km para poderem testemunhar este dia. Queríamos que, no final, sentissem que certos pormenores tinham sido pensados para eles.
Procurámos mimar todos os convidados com pequenos detalhes, desde os mais graúdos aos pequenotes. Queríamos que todo sentissem que a sua presença era importante para nós.
O catering também era fundamental para nós; queríamos que fosse cheio de sabor e que deliciasse os nossos convidados.
Sem importância? Após dois meses de casamento somos unânimes a dizer que achamos que não há nada sem importância. Se não é importante, é porque não é essencial.
O que foi mais fácil? E o que foi mais difícil?
Para os dois, durante a preparação, o mais fácil foi sem dúvida a escolha da quinta e dos fotógrafos Arte Magna.
Desde o primeiro momento, percebemos que, para além da qualidade fotográfica dos trabalhos da Teresa e do Dado, a sua personalidade divertida, mas ao mesmo tempo profissional e o seu à-vontade em todas as situações, foi tão importante para o nosso casamento, que temos a certeza que a nossa relação ultrapassou em muito a esfera profissional e os consideramos como convidados do nosso casamento.
A escolha do fato, gravata e sapatos para o noivo também foi uma tarefa fácil: saiu num dia e voltou com tudo comprado.
Já para mim, a escolha dos sapatos foi uma tarefa difícil, mas encontrei exactamente o que queria. Um sapato sofisticado, elegante, mas confortável (missão comprida, consegui usar o dia todo) e que pudesse usar em outras ocasiões. A escolha dos videógrafos também foi uma tarefa difícil. Inicialmente achamos que seria um investimento muito grande, mas logo percebemos que queríamos também captar todos os momentos em vídeo. Ficamos rendidos à qualidade da I Do Films, motivo pelo qual foi a nossa escolha.
No dia, depois de atravessar a igreja, tudo se tornou fácil, porque tudo foi fluindo.
Qual foi o pico sentimental do vosso dia?
A entrada na igreja e o nosso olhar foi talvez o momento mais marcante. A partir dessa altura, tinha mesmo chegado o dia!
E o pico de diversão?
Logo após a cerimónia religiosa, quando nos juntámos aos nossos convidados, vivemos momentos de pura alegria e diversão. É difícil escolher só um, mas talvez a atuação da Tuna e a abertura da pista.
Um pormenor especial…
A escolha do coro, foi sem dúvida um pormenor especial, especialmente para mim, pois o Emanuel, desde o início, disse que seria uma surpresa e que ele trataria de tudo. Quando entrei na igreja e percebi que era o Coro Genesis fiquei muito emocionada e sem palavras. Já os tínhamos ouvido numa demonstração e eu tinha ficado deliciada, mas o Emanuel deu a ideia de ser a Tuna a cantar na Igreja e eu acreditei até ao último momento.
A adoração a Nossa Senhora, acompanhada pela Avé Maria de Bach/Gounod, foi um momento de grande sentimento.
Agora que já aconteceu, mudavam alguma coisa?
Nada! Não conseguíamos imaginar um dia mais especial.
Algumas words of advice para as próximas noivas…
Falem atempadamente com os fornecedores e acima de tudo escolham aqueles com quem mais se identificarem, pois eles são fundamentais para tornar o vosso dia seja especial e como o idealizaram.
Vão certamente ouvir inúmeras vezes “o dia passa a correr” e é verdade! Tentem mesmo aproveitar o dia, relaxem e divirtam-se… Acima de tudo: o dia é vosso, por isso deleguem funções para que não estejam preocupadas. E no dia, tudo se resolve.
Os fornecedores envolvidos:
convites e materiais gráficos: Invite – Momentos Felizes e algumas coisas feitas pelos noivos;
local, catering e decoração: Quinta das Silveira / Iguarias do Tempo;
bolo dos noivos: Brisa Norte;
fato do noivo e acessórios: fato Hugo Boss, relógio de bolso Eletta e botões de punho do pai do noivo;
vestido de noiva e sapatos: vestido Rosa Clará, sapatos Rachel Simpson adquiridos na Pureza Mello Breyner e o toucado da Chapeauxik;
maquilhagem: Vânia Oliveira;
cabelos: Luísa (a minha cabeleireira desde criança);
bouquet de noiva: Fatiflor;
ofertas aos convidados: sabonetes de flores brancas da Fábrica Confiança com o grafismo da Invite – Momentos Felizes; livro de actividades com lápis de cera para os mais novos, feito pelos noivos; Photobooth da BoothCenter;
fotografia: Arte Magna;
vídeo: I Do Films;
coro da cerimónia: Coro Génesis;
luzes, som e Dj: Jukebox.
Simplesmente Branco & White Wedding Weekend
No próximo sábado, 10 de Novembro, às 16.30h, a convite da White Wedding Weekend, vou estar à conversa convosco, juntamente com a Maria João Soares, da Design Events, e a Susana Abreu, da Inspirarte.
Dito o desejado “sim!”, quando o turbilhão de emoções assenta, marcamos uma data e contamos os meses que faltam. E agora, por onde começar?
É exactamente sobre isto que vamos conversar.
Com a ajuda da Maria João Soares, wedding planner, e da Susana Abreu, decoradora, vamos dar-vos algumas ferramentas, esclarecer mitos, sugerir boas práticas e algumas ideias para que a vossa viagem até ao grande dia seja descomplicada, informada e muito feliz.
Se, por timidez, vos faltarem as perguntas, estarei lá eu para as fazer.
Wedding planning e decoração são a mesma coisa ou dois assuntos e actividades totalmente distintas?
Porque é importante marcar uma primeira reunião para falar de orçamentos? Há valor acrescido numa conversa presencial, em vez de um e-mail impessoal? É tempo ganho ou tempo perdido?
Como se constrói um orçamento?
Como se gerem as tensões e as cedências? E a assertividade, quando toda a gente tem uma opinião?
Estas e outras questões – as vossas! – serão respondidas por nós: estão todos convidados para esta bela conversa.
E já que nos vêm visitar, aproveitem também para conversar e ficar a conhecer melhor o DJ Nuno Rodrigues, fornecedor seleccionado Simplesmente Branco, que também lá vai estar, pronto para vos receber e mostrar a sua arte.
White Wedding Weekend, na Alfândega do Porto, sábado, 10 de Novembro, às 16.30h.
Vemo-nos lá?
Bolo dos noivos, sapatos de noiva e um belo bouquet: um trio perfeito!
Hoje, o nosso trio de sapatos de noiva, bolo dos noivos e bouquet de noiva dá as boas vindas às cores de outono: vermelho rubi, rosa velho e amarelo torrado.
Encontrei estas fantásticas sandálias de veludo cor de vinho na Zilian. São perfeitas para sapatos de noiva, e explico-vos porquê.
Comecemos pela cor, sempre bonita e sofisticada, totalmente apropriada para esta altura do ano. É um tom clássico que combina com tudo o que é festivo, e pode ser suavizado, juntando tons de rosa e beige, ou amplificado, juntando dourado e os ditos jewel tones – azul petróleo e verde esmeralda.
A seguir, o material: veludo! Suave, macio, rico, fica tão bem com rendas delicadas ou tecidos mais robustos e valiosos, como o mikado de seda.
E o salto? Largo, um tacão sólido que vos vai deixar dançar muitas horas.
A soma das partes é um belo par de sapatos de noiva em veludo bordeaux. Juntem um verniz leitoso ou ao tom, e está uma combinação perfeita!
Passamos ao bolo dos noivos: um not so naked cake, coberto de creme e decorado com flores naturais nos tons da estação: vermelho escuro e rico, amarelo torrado que é quase dourado, e um rosa seco, pálido e delicado – esta é uma bela paleta de cores, sem dúvida! Ao juntar alguma folhagem verde, o resultado é naturalmente mais orgânico e quase rústico, uma forma simples de direccionar a decoração para o tema que pretendem.
Fechamos com um bouquet de noiva glorioso: meleagris (esta espécie de túlipa com as pétalas aos quadradinhos), peónias, heleborus, rosas e ervilhas de cheiro. Imagino quão perfumado deve ser…
Um trio irresistível para o outono que chegou, não vos parece?
De cima para baixo, bolo dos noivos com cobertura de creme e decoração com flores naturais, Hello Sukar; sapatos de noiva em veludo bordeaux e tacão largo, da Zilian, por 79,90 euros; bouquet de noiva orgânico com meleagris, peónias, rosas, heleborus e ervilha-de-cheiro, de Bows & Arrows.
Para acompanhar estes nossos trios perfeitos que publicamos todos os domingos, basta que sigam as nossas etiquetas (a partir da homepage) ou aqui no topo do artigo: sapatos e sunday shoes; cake! e bolo; bouquet e um belo bouquet.
Bom domingo!
Casamento Histórias com Alma em Ponte de Lima: Ariana + Bruno
É sempre um prazer dar um pulinho à Casa Grande do Fontão, em Ponte de Lima, onde a Histórias com Alma desenvolve o seu belo trabalho. O casamento de hoje não é excepção, como podem ver pelas bonitas fotografias do Luís Mateus e Marta Barata, a dupla Lounge Fotografia.
Este foi o dia “mais-que-perfeito” da Ariana + Bruno, e, deste lado, só podemos concordar! Simplificar foi a palavra de ordem, sem nunca perder a delicadeza, o romance e uma elegância intemporal que atravessa tudo. Juntaram as suas pessoas do coração, entre amigos e família, e seguiram o nosso lema: menos, é mais.
Que dia bonito este e que festa bestial!
Quando a resposta foi “sim!”, como é que imaginaram o vosso dia?
Tal e qual como foi, simples, mas repleto de detalhes e significados. Queríamos um dia mágico, genuíno, rodeados das pessoas de quem mais gostamos.
Quando a resposta foi “sim!”, como é que imaginaram o vosso dia?
Tal e qual como foi, simples, mas repleto de detalhes e significados. Queríamos um dia mágico, genuíno, rodeados das pessoas de quem mais gostamos.
Sentiam-se preparados ou foi um caminho com muitos nervos?
Estivemos sempre bastante tranquilos. Tivemos 4 meses e meio, desde o “sim” até ao dia do casamento, mas mesmo com pouco tempo conseguimos organizar tudo exatamente como queríamos e sem stress.
Em que momento da organização do casamento é que sentiram, «é mesmo isto»?
Desde o primeiro minuto… sabíamos muito bem o que queríamos.
Quando reunimos com a Ana e com Francisco da Historias com Alma tivemos a certeza de que podíamos ficar descansados porque eles iam tornar o “nosso dia de sonho”, realidade! E assim foi. O mesmo se passou com o vestido de noiva, fato de noivo, maquilhagem, cabelo, com o Dj, a fotografia…
Foi amor à primeira vista com todos os nossos fornecedores.
O resultado é fiel às ideias iniciais ou muito diferente? Contaram com alguma ajuda?
Sim, não acrescentávamos uma vírgula. Escolhemos os fornecedores certos e essa foi, sem dúvida, a melhor ajuda.
O que era fundamental para vocês? E sem importância?
O fundamental era estarmos rodeados dos nossos amigos e familiares e que o dia reflectisse aquilo que somos. Para nós não era importante seguirmos demasiadas regras e protocolos, queríamos que toda a gente estivesse bem e se divertisse connosco.
O que foi mais fácil? E o que foi mais difícil?
O mais fácil foi a escolha do espaço, a Casa Grande do Fontão foi cenário perfeito para partilharmos a nossa história.
O mais difícil… talvez o fim da festa… no dia seguinte já estávamos com vontade de nos casarmos outra vez!
Qual foi o pico sentimental do vosso dia?
A leitura dos nossos votos e as palavras carinhosas da Dra. Sónia (a conservadora civil da Conservatória de Ponte de Lima).
E o pico de diversão?
A abertura da pista… e o lançamento do ramo.
Um pormenor especial…
As lembranças para os convidados feitas por uma amiga nossa, que é ceramista. Fez uns passarinhos que ficaram muito queridos. E.… ver os nossos filhos super felizes e emociados.
Agora que já aconteceu, mudavam alguma coisa?
Nada! Foi tudo Mais-Que-Perfeito!
Algumas words of advice para as próximas noivas…
Descompliquem… Menos é mais!
Os fornecedores envolvidos:
espaço, decoração, bouquet de noiva, convites e materiais gráficos: Histórias com Alma;
catering e bolo dos noivos: Banquetes A.Duarte, para Histórias com Alma;
fato do noivo e acessórios: fato e gravata Sarto Teles, sapatos Undandy;
vestido de noiva e sapatos: vestido Rute Moreda/Manuela Noivas, sapatos Uterque;
maquilhagem: Marlene Vinha;
cabelos: Bruno Bessa Cruz, Pêlos Cabelos;
ofertas aos convidados: Clara de Sousa Vicente, ceramista;
fotografia: Lounge Fotografia;
luzes, som e Dj: Dj Joseph Garage.
À conversa com: Quinta da Quintã – espaço para casamentos
Hoje conversamos com a Joana Coelho, da Quinta da Quintã – espaço para casamentos.
E que bela conversa esta, como vão descobrir.
Conheci a Joana quando visitei uma das edições do seu Wedding Weekend, há uns anos largos. Fiquei impressionada com tudo o que vi – o investimento real, palpável, da apresentação da Quinta da Quintã aos seus potenciais clientes (flores frescas e bonitas, estacionário variado e completo, cocktail gostoso e acabado de confeccionar, bolos dos noivos para ver e para provar), o gosto nos detalhes, a qualidade e atenção do e no serviço.
Mantive o contacto e o namoro, e fiquei muito feliz quando decidiram juntar-se ao Simplesmente Branco. Porque prestam um serviço de excelência e têm um trabalho óptimo, e porque olhamos para muitas coisas (as fundamentais), da mesma forma.
No último ano temos conversado bastante sobre isto de trabalhar no mercado de casamentos, sobretudo nos dias de hoje, e vamos partilhando as nossas reflexões. Ler, com detalhe, sobre o caminho que percorreram, as escolhas que fazem e o que os move e entusiasma, é abrir a porta de uma casa de sonhos, a Quinta da Quintã, e uma bela lição de profissionalismo.
Sabermos ler bem o nosso cliente, estabelecermos com ele esta relação de grande empatia e confiança, e, até, sabermos antecipar as limitações com que nos vamos deparar no futuro para conseguirmos concretizar esta ou aquela visão que ele nos traga, são valências essenciais no nosso trabalho. Conseguirmos manter-nos à tona, com a frescura e o tempo que a relação com cada cliente exige, em tempos em que os eventos se sucedem rapidamente, são desafios diários que procuramos vencer com uma organização e uma cadência de comunicação eficientes.
Vem de uma área criativa e está à frente deste projecto ambicioso e de imensa qualidade que é a Quinta da Quintã. O que a trouxe até aqui?
A Quinta da Quintã é uma quinta que está na minha família há muitos anos. A quinta original foi totalmente restaurada e ampliada para acolher a realização de eventos, projeto encabeçado pela minha mãe durante os primeiros anos. A dada altura eu e o João, que vimos ambos de áreas criativas, fomos desafiados pelos meus pais a integrar a equipa, a trazermos eventualmente uma abordagem refrescante a um projeto grande, num mercado imenso e cada vez mais exigente. Na altura tínhamos um atelier de design e outros projetos paralelos, também relacionados com as nossas áreas de estudo – eu tenho formação em design nas Belas Artes e o João em marketing e publicidade – e admito que foi uma decisão difícil, a de darmos este mergulho numa área que nos era um pouco estranha, o mercado dos eventos, e mais propriamente dos casamentos (na verdade, apesar de estarmos juntos há muitos anos, nem sequer éramos casados na altura). Mas o convite soou-nos a desafio, a mergulharmos juntos numa aventura nova – quase sempre trabalhámos juntos, curiosamente -, numa plataforma onde poderíamos aprender coisas, aplicar conhecimentos, dar asas à criatividade e trabalhar com amor, o Amor. Aqui podemos ser tantas coisas, podemos desenhar, esculpir, ilustrar, criar, conhecer pessoas, inspirar, concretizar visões e sonhos, sempre no plano do Amor. E assim foi: viemos já há 11 anos e foi-nos impossível não ficar.
A imagem de marca da Quinta da Quintã é, na minha opinião, um estilo moderno, elegante, muito romântico e versátil. Concorda com esta definição?
É muito interessante ouvir esta definição, vinda de alguém que respeitamos muito. A questão da definição de um estilo e de uma visão que oriente o nosso percurso é uma discussão muito interessante e que sempre me preocupou, quer no meu trabalho enquanto designer, quer no meu trabalho de organização e styling de eventos. Eu e o João conversamos bastante sobre esta dualidade que sentimos na decisão de manter um estilo definido ou de ir ao encontro das pretensões do cliente neste trabalho que, além de ter uma forte componente criativa, serve o propósito de uma outra pessoa que não o próprio criativo. É um facto que trabalhamos e criamos para alguém. Mas também é facto que em primeira instância trabalhamos para nós, construímos o nosso percurso, e temos de ser fiéis ao nosso estilo, à nossa verdade. Só assim conseguimos distinguir-nos como “marca”, afirmamos a nossa identidade num mercado tão saturado e nos oferecemos como uma alternativa para quem procura algo especial. Dito isto, creio que os conceitos de elegância, romantismo e versatilidade definem muito bem o que procuramos oferecer em todos os eventos que criamos. São conceitos base, e de natureza abrangentes, sobre os quais assentamos e concretizamos a visão de quem nos procura, obtendo neste diálogo resultados muitas vezes surpreendentes.
Esta assinatura faz parte do ADN do espaço, ou é algo que escolheram como tendência e tema para este ano? Porquê?
Creio que já faz parte da natureza do espaço, que se impõe muitas vezes como a base de construção do próprio evento, mas sem esquecer que o espaço também tem, ele próprio, vindo a evoluir, resultado da nossa leitura das tendências e da nossa própria evolução. Conhecemos instrinsecamente o que temos e sabemos o que não temos ou o que não queremos ter – não temos um celeiro em Inglaterra, nem uma esplanada na praia, pelo que não temos o objetivo irreal de oferecer todas as propostas, mesmo que estas surjam como tendências. Queremos que o nosso espaço surja como uma bela tela sobre a qual o cliente consiga projetar a sua visão e que, a par do espaço, o cliente encontre em nós os parceiros ideais e a inspiração para levá-la ainda mais além.
As tendências da estação… são um assunto de trabalho ou apenas fait-divers?
As tendências são, sem dúvida, um assunto de trabalho. Cada vez mais, e ainda bem, eu diria. A área dos casamentos tem vindo a evoluir vertiginosamente ao longo dos últimos anos e muito por responsabilidade da democratização e crescente acesso à informação e às ditas tendências. Hoje estamos a um “clique” do que se faz hoje do outro lado do mundo. Estamos dentro das salas mais requintadas, assistimos aos eventos mais intimistas, aos mais glamorosos, e aos mais radicais. Isto ensina-nos coisas, faz-nos pensar nelas, abrir o nosso leque de possibilidades e, em última instância, refinar a nossa própria visão. Isto dá-nos muito mais trabalho, mas um trabalho mais interessante, mais desafiante. Abre-nos mesmo a possibilidade de sermos, nós próprios, definidores das tendências. Nós e o que projetamos do nosso trabalho, fruto da relação e do diálogo com os noivos. Naqueles momentos mágicos em que se alinham perfeitamente os gostos e as vontades, a nossa verdade, a visão e a capacidade de execução, alguma liberdade e em que todos os elementos se conjugam num resultado capaz até de nos surpreender, a nós, os intervenientes desta criação, surge algo incrível e digno de ser considerado como definidor de tendência, e está ao nosso alcance ocupar esse espaço.
Ter o controle das decisões é importante? Tem uma perspectiva perfeccionista e específica sobre o resultado e a forma como quer que o seu espaço e trabalho sejam mostrados e vividos, ou é o prazer discutir ideias, de criar e acompanhar o processo, que lhe interessa mais na relação com cada projecto, cada cliente?
Tenho alguma dificuldade em dar uma resposta simples a esta pergunta. Se por um lado, a Quinta da Quintã sempre se posicionou no mercado como um espaço em que o convite feito aos noivos é o de personalizarem – definirem como querem que seja a relação e o percurso connosco, escolherem as equipas com que querem trabalhar, terem um voto sobre a maioria dos aspectos do nosso trabalho, desenharem connosco o seu dia à sua imagem – e que surge ele próprio como o resultado de um diálogo constante entre mim e o João, e entre nós e os outros, tenho uma tendência perfeccionista e de controlo e sinto, admito, dificuldade em assumir as cedências a que esta flexibilidade que oferecemos nos obriga por vezes. É certo que nem sempre nos identificamos com esta ou aquela escolha dos noivos, mas acredito que nos cabe a nós dirigir esta relação de forma a encontrar o equilíbrio entre os dois universos, sempre que eles se desencontram. É aqui que reside o maior desafio do nosso trabalho e é neste equilíbrio que nos conseguimos afirmar como uma alternativa distintiva, na qual a relação com o cliente é primordial.
Não posso, porém, deixar de admitir que uma das nossas vontades neste momento é dirigir o projeto Quinta da Quintã para uma posição em que alcancemos o melhor dos dois mundos: chegar cada vez mais aos clientes com que mais nos identificamos, aqueles que partilham a nossa visão, o gosto e o estilo que temos traçados para o futuro da Quinta da Quintã e com eles viver esta experiência de discutir, crescer e aprender ainda mais sobre o que queremos para este projeto. Fazer cada vez menos cedências, estreitar cada vez mais as escolhas, obter resultados cada vez mais diferenciadores e uma identidade cada vez mais coesa.
Onde busca inspiração para cada nova temporada de trabalho?
Sempre fui uma pessoa muito distraída dos detalhes do que me rodeia mas ao longo do tempo fui-me forçando a prestar-lhes mais atenção. Pode parecer uma afirmação idílica ou cliché mas a natureza é uma grande fonte de inspiração, se soubermos como olhar. Os quadros naturais oferecem-nos imagens incríveis, ao nível da combinação de cores e da composição, por exemplo. Muito do que se faz e do que está na moda não são mais do que reinterpretações interessantes do que nos rodeia, aplicadas a diferentes contextos e em diferentes locais. Além disso devoro imagens, novas propostas, o que se faz bem, lá fora e cá dentro, – o Simplesmente Branco é um excelente exemplo disso – quer no âmbito dos casamentos, quer noutras áreas artísticas. Inspiro-me no trabalho dos meus amigos, no design, na moda, na arquitetura, na modelação de espaços. Inspiro-me nos clássicos, que correm sempre bem e que perduram no tempo. Inpiro-me nas minhas conversas com o João. E por último, e não menos importante, inspiro-me nos meus noivos, no que me trazem de novo, nas suas ideias mais pessoais. Gosto de percorrer lojas, de procurar novidades e de encontrar soluções para materializar essas ideias.
E nos momentos de fadiga criativa, como refresca a mente e o olhar?
Não é fácil desligar-me do trabalho, já que quase tudo à minha volta parece estar ligado a este mundo dos casamentos. Trabalho com o meu marido, o João, com a Tânia – minha cunhada e melhor amiga -, com a minha irmã Diana. A minha outra irmã, Ana, e o meu cunhado Zé, têm um projeto de vídeo também ligado à mesma área. O espaço tem ligações inegáveis à família. A própria equipa QQ já vem, quase na íntegra, dos primeiros tempos do projeto, pelo que é quase uma segunda família. Mantenho relações de amizade com muitos dos meus clientes. Mas é muito importante para mim conseguir por vezes desligar esta ficha. Viver a minha filha. Viver o meu marido. Viver os meus amigos. Conviver, sair, conhecer sítios novos, ter experiências diferentes, envolver-me em projetos noutras áreas, com outras pessoas, continuar o trabalho como designer gráfica, desenhar. No fundo parar, fazer coisas que nada (e tudo) tenham a ver com este universo, ajuda-me a voltar mais leve, com uma ideia mais clara do que pretendo fazer aqui, e a regressar sempre a esse caminho das intenções, do qual às vezes nos desviamos por força da intensidade do trabalho. Mesmo no que respeita à Quinta enquanto espaço físico, optamos por parar todos os anos durante uns meses de forma conseguirmos um distanciamento que nos permita lançar um olhar crítico e limpo sobre o espaço e a imagem. Paramos, pensamos e agimos em conformidade com o que pretendemos obter no espaço, isto sob a forma de pequenas (ou grandes) remodelações e alterações. Este sistema permite-nos assegurar uma evolução constante e refrescar a nossa própria experiência, que é por vezes demasiado intensa.
Como é o seu processo de trabalho, como cria uma ligação aos seus clientes?
Quem conhece a forma de trabalharmos, sabe que uma das componentes mais importantes e substanciais da nossa afirmação como equipa, é a relação que desenvolvemos com os noivos. Isto vale desde a primeira abordagem, feita pelo João, que recebe tão bem todos os clientes e potenciais clientes, e que acaba por ser o nosso rosto, a primeira impressão que a Quinta da Quintã deixa em quem nos procura; passa pelo acompanhamento dos noivos, organização e styling do evento, a meu cargo e da Tânia Almeida, pelos elementos que integram as nossas equipas de apoio comercial, manutenção, decoração e cozinha – tão importante -, e culmina na relação que os nossos colaboradores de sala estabelecem com noivos e convidados no dia do evento. Somos um espaço absolutamente aberto a todas as pessoas e procuramos desenvolver uma relação próxima com quem nos procura para realizar um dia tão importante na sua vida, e que acaba por acontecer de forma muito natural. Compreendo quem opte por manter a ligação com o cliente numa esfera mais profissional, mas nós não somos assim. Nós queremos sentir-nos próximos. Esta é uma área de atividade muito intensa e exigente, quer física, quer emocionalmente, em que o nível de drama é sempre muito elevado. Em boa verdade, estamos sempre a trabalhar para o dia mais importante da vida de alguém e essa carga é incontornável. Um relacionamento de proximidade atenua esta dimensão, anula eventuais barreiras e traz uma excelente energia ao trabalho. Sabermos ler bem o nosso cliente, estabelecermos com ele esta relação de grande empatia e confiança, e, até, sabermos antecipar as limitações com que nos vamos deparar no futuro para conseguirmos concretizar esta ou aquela visão que ele nos traga, são valências essenciais no nosso trabalho. Conseguirmos manter-nos à tona, com a frescura e o tempo que a relação com cada cliente exige, em tempos em que os eventos se sucedem rapidamente, são desafios diários que procuramos vencer com uma organização e uma cadência de comunicação eficientes. No final de contas, podemos orgulhar-nos de dizer que já fizemos muitos e bons amigos junto dos nossos noivos, e creio que esta afirmação será mútua.
Qual é a melhor parte de decorar um casamento? E o mais desafiante e difícil?
Para mim é o processo de pegar num fio que nos é dado pelos clientes e desenrolá-lo com mestria até onde conseguirmos, com vista a um resultado surpreendente. É juntarmos um conjunto de ideias e elementos e construirmos algo coeso, bonito, uma imagem, um ambiente, a base para uma festa de sonho. É a reação dos noivos quando chegam e vêem o nosso trabalho. É o telefonema que recebemos no dia seguinte. É a nostalgia boa que fica. E é percebermos que o nosso trabalho toca a vida de muitas pessoas de uma forma boa, bela. Que ajudamos a criar dias únicos, irrepetíveis, marcados por muita cumplicidade e amor. O mais difícil é contornar as limitações que o mundo real impõe, conseguir o equilíbrio entre o que é instagrammable e o casamento real, com um serviço real e muito sério, com convidados reais e um mundo de detalhes e esforços que têm de fluir e funcionar.
Qual foi o casamento em que mais gostou de trabalhar? Porquê?
Acho que é impossível destacar um só casamento. Ao longo destes anos houve muitos e maravilhosos eventos que me marcaram pelas mais variadas razões. Ou pelos noivos que conhecemos por aqui – temo-nos cruzado com pessoas verdadeiramente surpreendentes ao longo do nosso percurso na QQ – ou pelos que já conhecíamos – tivemos o privilégio de participar no casamento de grandes amigos e de alguns familiares queridos – ou por ter sido um evento difícil, com um nível de exigência mais desgastante, e que correu tão bem, ou por ter sido um projeto desafiante, em que conseguimos fazer algo realmente diferente, genuíno, marcante na nossa história.
Escolha uma imagem favorita do seu portfolio e conte-nos porquê:
A ter de escolher uma imagem, escolho esta fotografia do João Almeida, porque é bonita e homenageia de forma singela alguém muito especial, de quem nos lembramos sempre. Este foi um dia feliz.
Os contactos detalhados da Quinta da Quintã estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, feita de belas imagens, e contactem o João Carvalho de Almeida directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.
Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!
Laura + Israel: do outro lado do Atlântico, com amor
O casamento bonito que vos trago hoje vem do outro lado do Atlântico. É o mais bonito dos dias da Laura + Israel, fotografado pelo Danilo Siqueira.
Sigo o trabalho do Danilo, fotógrafo brasileiro, há anos, à conta do vestido voador da Maria Paula, uma delícia de história e de imagem.
E se o trabalho é bom, a pessoa é ainda mais interessante: o Danilo tem um sentido de humor bestial e a pertinência e doçura dos seus comentários mantém-me atenta ao que faz.
Foi assim que conheci a Laura + Israel: um relato live de uma sessão de namoro surpresa, gravado a partir de um telefone que descaíu no bolso apontando para o lado e toda uma história de amor bonita que o levou lá. Só visto!
Não resisti a esta história e trouxe-os até aqui. As diferenças de cá para lá são grandes , mas o amor é universal. E os sorrisos, os sorrisos…
Bom fim-de-semana!
Quando a resposta foi “sim!”, como é que imaginaram o vosso dia?
Imaginámos um dia cheio de pessoas queridas, com muita música, e que fizesse todos pensarem em Jesus, que é o centro do nosso relacionamento.
Sentiam-se preparados ou foi um caminho com muitos nervos?
Não sabíamos o que viria pela frente durante a organização, mas nos sentíamos seguros porque contávamos com o apoio de nossas famílias e amigos, que realmente fizeram toda diferença!
Em que momento da organização do casamento é que sentiram, «é mesmo isto»?
No dia 19 de Agosto de 2017. Foi o dia em que marcámos a data do casamento. Já tínhamos escolhido o salão, o buffet e o decorador, e precisávamos de uma data em que todos estivessem disponíveis. Queríamos em Setembro e o buffet já estava praticamente sem datas. Mas nesse dia, liguei para a dona do buffet (Juliana) e ela me disse que, na noite anterior, uma noiva havia cancelado sua reserva e eles poderiam nos atender no dia 8. Felizmente, os demais fornecedores também podiam e, assim, fechámos a data! Foi muito emocionante e tudo pareceu mais real a partir de então!
O resultado é fiel às ideias iniciais ou muito diferente? Contaram com alguma ajuda?
O resultado superou em muito o que esperávamos! Contámos com a ajuda de muitas pessoas, nossos familiares, padrinhos, floristas, pastores e outros amigos. Também contratámos uma cerimonialista e tivemos muita ajuda do nosso decorador, que é uma pessoa incrível.
O que era fundamental para vocês? E sem importância?
Era fundamental que tudo tivesse a nossa cara e que remetesse à nossa fé, que é o que temos de mais importante. Era essencial que a gente falasse de Jesus. Somos cristãos e entendemos que o casamento é bênção de Deus.
Não nos importávamos com luxo, nem fazíamos questão de requintes. No final das contas, tivemos muito mais do que esperávamos e a festa foi linda!
O que foi mais fácil? E o que foi mais difícil?
Na organização, o que foi mais fácil foi a escolha de alguns fornecedores que já tínhamos em mente, ou que nos conquistaram logo de primeira. Deus foi encaixando tudo e colocou no nosso caminho profissionais e pessoas maravilhosas, que contribuíram demais para a alegria desse dia!
O mais difícil foi fazer a lista de convidados. Havia muitas pessoas que queríamos convidar, além das que de fato estiveram connosco no dia.
Qual foi o pico sentimental do vosso dia?
A hora de entrar na igreja e a hora de ler os votos. Estávamos esperando muito por isso, para nos encontrarmos e dizermos as palavras que preparámos para essa ocasião tão significativa!
E o pico de diversão?
O primeiro momento mais divertido foi quando nossos pais cantaram uma música juntos, antes da saída dos padrinhos, e todos na igreja se levantaram pra acompanhar. Foi contagiante e tinha tudo a ver com o que queríamos para a cerimónia. Outro momento muito especial foi o do ensaio de fotos entre a cerimónia e a recepção, que fizemos na igreja. Já estávamos mais tranquilos e muito muito felizes mesmo! Por fim, precisamos destacar a parte da festa em que o Israel, que é baterista, tocou com seus amigos músicos e todos se divertiram demais!
Um pormenor especial…
Algo muito especial foi a participação dos nossos avós nesse dia. Eles estavam sentados no primeiro banco da igreja e estavam verdadeiramente felizes connosco! Que presente incrível!
Agora que já aconteceu, mudavam alguma coisa?
Apenas voltaríamos no tempo para reviver tudo mais umas mil vezes! Foi absolutamente perfeito!
Algumas words of advice para as próximas noivas…
Aproveitem a fase de planeamento, mas, acima de tudo, pensem no que vem depois. O casamento não é (apenas) o evento, mas, principalmente, a convivência que se segue a ele. É muito importante que os noivos estejam preparados para as mudanças na rotina, para a dedicação mútua e para a edificação de um relacionamento saudável e duradouro, que pode demandar mais compromissos do que pensamos inicialmente. O casamento não serve pra “me fazer feliz”, mas é uma caminhada que se divide, somando-se as forças, multiplicando as alegrias e o crescimento de ambos na direção dos seus propósitos. Especialmente quando Deus faz parte disso.
Os fornecedores envolvidos:
convites e materiais gráficos: Letícia Nakata;
local: Spazio A Eventos;
catering: Buffet Happy Night;
bolo dos noivos: Miriam Bueno;
bolo cenográfico e doces: Elizete Doces Finos;
fato do noivo e acessórios: Noivas Ideias;
vestido de noiva e sapatos: vestido Villa Novia, sapatos Carmen Steffens;
maquilhagem e cabelos: Juliana Mello;
bouquet de noiva e decoração: Mário Quatrina;
fotografia: Danilo Siqueira – Let’s Fotografar;
vídeo: Bruno Nogueira Filmes;
luzes, som e Dj: iluminação Dj Sidnei, som: Dj Caio, banda Kleber Gaudêncio, Fernando Lima, Douglas Michelini, Pedro Bueno, Fabíola Alcântara, Daniel Magalhães e Israel Reinaldo.
À conversa com: Foto de Sonho – fotografia de casamento
Hoje conversamos com o Hélio Cristovão e Marco Santos Marques, a dupla que assina como Foto de Sonho – fotografia de casamento.
É uma conversa longa e muito sumarenta, feita de reflexões ponderadas sobre a fotografia de casamento, a vida e o profissionalismo que tudo isto exige.
Razão e coração, a duas cabeças e quatro mãos, para um belo resultado final: as vossas fotografias de casamento.
Sabes aquele momento… a irmã da noiva agarra-a com força a felicitá-la, ou os noivos trocam votos nos olhos de cada um, ou a avó, que criou a menina que hoje é noiva, entra no quarto e basta um olhar. Esses são os momentos em que te sentes ‘na zona’, e é aí que queres estar. E tens a câmara em punho. Tens aquele pseudo-poder de eternizar algo belo, algo único, algo que te vai fazer estremecer o coração, essa cápsula do tempo. Um momento que não foi ensaiado, é real, é emotivo.
Contem-nos um pouco da vossa viagem profissional até aqui, à fotografia de casamento.
A fotografia não foi a primeira profissão, no caso de ambos. O Marco, músico, guitarrista e comercial de pianos, o Hélio, topógrafo entre Lisboa e o Alentejo. No entanto, a fotografia era uma paixão que nos definia, e, cada vez mais, tomava conta das nossas vidas… Foi em 2007 que nos conhecemos, num workshop mítico da Primeira Luz (ex-Fotonature), sobre fotografia de paisagem natural. Na altura procurávamos a linguagem mais artística nesse estilo, que foi a nossa génese, a nossa escola, com muita aprendizagem auto-didacta e várias formações, mas essencialmente um desejo criativo, uma obsessão.
A fotografia de casamento surge a convite de alguns colegas, amigos, com os quais começámos a experienciar esse território incauto. Penso que será um percurso típico; eu sei, não é o caminho mais “romântico”, mas o que conta foi esse feeling que despontou em nós: um admirável mundo novo.
A vida deu uma volta e chegou o dia em que decidimos viver da fotografia. Nasceu a marca Foto de Sonho, em 2012. A meio de 2014, o Marco passou a dedicar-se a tempo inteiro ao projecto, que foi ganhando os contornos que tem hoje. Os anos de experiência, amadurecimento de ideias e procura de um estilo, fazem-nos acreditar neste projecto: é a nossa vida, a profissão que vamos construindo, uma aventura.
Há quanto tempo fotografam? E porquê casamentos?
Fotografamos há cerca de quinze anos. Dedicamo-nos à fotografia de casamento há sete.
Sabes aquele momento… a irmã da noiva agarra-a com força a felicitá-la, ou os noivos trocam votos nos olhos de cada um, ou a avó, que criou a menina que hoje é noiva, entra no quarto e basta um olhar. Esses são os momentos em que te sentes ‘na zona’, e é aí que queres estar. E tens a câmera em punho. Tens aquele pseudo-poder de eternizar algo belo, algo único, algo que te vai fazer estremecer o coração, essa cápsula do tempo. Um momento que não foi ensaiado, é real, é emotivo.
A nosso ver, a fotografia de casamento não é só feita de rosas, é muito duro e desafiante, mas é um desafio único para registar histórias impactantes. A criação da história é algo que vivemos com muita paixão.
O vosso trabalho é feito a duas mãos. Como o definem e como construíram essa assinatura?
Definimo-lo como um equilíbrio entre fotografia espontânea, fotojornalismo, e doses de direção criativa, na procura de um retrato artístico.
Queremos contar uma história emocionante. Durante grande parte do dia estamos em modo ‘fotojornalismo’, a reagir ao desenrolar dos acontecimentos. Isso permite-nos uma reportagem honesta, directa, e captar momentos autênticos. Depois vivemos num limbo. Em parte do dia, especialmente na sessão com os noivos, gostamos de juntar alguma dose de direcção criativa, ao sugerir a melhor luz, local, e criar um ambiente mais controlado, longe do caos da vida real. Isso permite-nos trabalhar composições cuidadas, com poses naturais e românticas, que invoquem uma contemplação do momento.
A assinatura é fruto de trabalharmos em equipa para ao produto final, as ideias, a história; mas também entender que há o espaço para o autor individual. Temos sim, visões e interpretações diferentes, e diria que se complementam, o que só enriquece o sumo do nosso trabalho.
Achas que os detalhes que escolhes fotografar e como o fazes, a narrativa que constróis, é diferente das escolhas que o Marco faz, quando estão em acção? Como convergem?
Por muitas influências e gostos em comum que tenhamos, naturalmente que somos pessoas diferentes, cada autor terá a sua interpretação; isto, na nossa opinião, favorece a diversidade do trabalho. No entanto, por trabalharmos juntos há tantos anos, estamos imbuídos de um espírito criativo comum, sabemos o caminho da nossa narrativa, o que gostamos e o que não gostamos. O fio condutor será sempre a discussão do bom gosto, e o que melhor enaltece o motivo e cada momento!
Um problema de muitos artistas são os egos. Há que ser humilde, há muito tempo que nos separámos dessa individualidade e somos os críticos um do outro; isso permitiu-nos uma habituação aos estilos de cada um, e convergir para o estilo da marca.
Esta convergência também vem de um lugar mais antigo, vem das nossas próprias raízes. De trabalhar com luz natural, luz dourada, influências gémeas. Esta linguagem está na origem de tudo, e no nosso entendimento, que é quase telepático por vezes. E, além disso, antes de entregar o nosso produto, temos um procedimento de “crivo final” (sim, nós temos nomes para estas coisas), onde verificamos uma por uma, cada imagem, passando um último filtro e selecção na narrativa que constrói essa história.
Nestes tempos globais, em que as imagens circulam a uma velocidade vertiginosa e todos temos acesso a tudo, a qualquer hora, onde vão buscar inspiração?
É um aspecto pertinente este, quem nós somos e se nos preocupamos verdadeiramente com essa velocidade vertiginosa de consumo, que é um facto. Se simplesmente tentamos fazer “a nossa cena”… O que acaba por ser contraditório, pois o standard do fotógrafo deve ser criar: imagens intemporais (que grande responsabilidade esta) num tempo em que muito se consome num piscar de olhos, modo instantâneo, muito é efémero.
A inspiração tanto pode vir de um dia de luz difusa e céu dramático de nuvens sobre a serra, como de um sol brilhante, da última luz dourada do fim da tarde. A paisagem natural, e ainda alguma fotografia que aqui exercemos é uma fonte rica, que nos traz ideias e refresca o espírito.
Quanto ao consumo vertiginoso, o tempo é o melhor filtro, e, honestamente, dez anos passados de experiência de redes sociais… we´ve had enough. Atualmente não nos focamos tanto nas coisas da internet e social media. Seguimos alguns autores, fotógrafos que admiramos, um punhado de blogs.
Somos feitos da papinha que nos alimenta. E o que mais nos têm inspirado e influenciado nos últimos tempos é a arte clássica, pintura, a música que devoramos e a leitura. A arte cria um campo imaginário que trazemos para a realidade. Na pintura, o Marco tem andado particularmente inspirado pela obra de Caravaggio, Velasquez e Monet, o seu leque predilecto; no meu caso, ando inspirado pelo universo da literatura de José Luís Peixoto e Fernando Ribeiro (Moonspell), e na música, com ambientes metálicos e mais pesados, sobre os quais escrevo e também fotografo.
Quando precisam de fazer reset, para onde olham, o que fazem?
Viajar é um espetacular remédio. Nada que um tempo de qualidade em família, o nosso refúgio, não supere! Ter aquele tempo maior, que podes passar juntos dos filhos, aquele tempo que é liberdade. Esse é um reset feito em condições.
Temos um certo refúgio ainda na fotografia de paisagem natural, que exercemos a título próprio, e permite mudar algumas frequências na “vida normal”, e depois, temos os mini-resets do dia-a-dia, o Hélio pratica bicicleta de montanha nos trilhos da serra de Sintra, e frequenta concertos de heavy metal, o Marco vai para o ginásio e gosta de conhecer museus.



De Lisboa para o mundo, ou Portugal de lés a lés: fotografar casamentos estrangeiros é diferente de fotografar casamentos nacionais?
Sim. Nos casamentos nacionais podemos afirmar que há um sentimento de proximidade com a nossa cultura, a alma portuguesa, a tradição. Falamos a nossa língua e há um carácter familiar, sentimos essa ligação. Mas não podemos generalizar, pois de certo modo, todos os casamentos são realmente diferentes.
Ao fotografar casamentos estrangeiros, acontece por vezes conhecermos pessoalmente os casais no próprio dia ou de véspera, e por tal partimos para um total registo freestyle, o que é um desafio não menos interessante.
Mas há muitos aspetos de diferença em casamentos internacionais, variando consoante as culturas, enquanto um casamento indiano terá todos os rituais de uma cerimónia hindu, um casamento nigeriano apropria-se dos rituais étnicos, que são sempre histórias muito próprias.
De um modo geral, sentimos que nos casamentos estrangeiros, especialmente os destination weddings, as pessoas estão num registo altamente descontraído, a aproveitando a viagem, é toda uma experiência, e é espectacular absorver isso e captá-lo no casamento.
Qual é o vosso processo de trabalho, como acontece a ligação ao cliente?
Gostamos de dar o melhor, como um mandamento essencial que rege o nosso trabalho. Essa ligação com o cliente é, para nós, e para o trabalho que gostamos de criar, um factor maior, pois a fotografia de casamento será sempre algo de autor, algo muito pessoal.
É muito importante desde o primeiro contacto, haver uma conversa telefónica com o cliente. No caso dos casais que estão no estrangeiro, tentamos sempre agendar algo. Acreditamos que essa conversa poderá ser o início dessa ligação, quando ela existe, se tiver de existir. Futuramente uma reunião presencial, será mesmo o melhor. Gostamos de estar com as pessoas, é aí que a ligação acontece.
Casamentos grandes ou pequeninos, nacionais ou estrangeiros, cerimónias emotivas, festas de arromba – qual é o tipo de festa que mais gostam de registar?
Seja uma festa com 300 convidados ou 30, num palácio ou num pátio da cidade, diria que que o tipo de casamento que mais gostamos de registar é mesmo aquele em que temos uma excelente empatia com os noivos, e quando testemunhamos que estão a viver um dia pleno de emoções. Uma boa história pode acontecer em qualquer sítio.
Qual é a melhor parte de fotografar casamentos? E o mais desafiante e difícil?
Quando saímos porta fora rumo ao dia, criamos expectativas. Acredito que seja como um artista antes de subir ao palco e começar a actuar. Iniciando o trabalho, isso passa. Partir desta expectativa e ver a história a ganhar forma é muito gratificante. Pelo meio, partilhamos momentos especiais com os noivos e famílias. E isso é um privilégio, tendo feito de nós pessoas melhores. Cada momento tem o seu próprio carisma ao longo do dia.
As melhores partes: os preparativos da noiva – um momento realmente místico – as felicitações após a cerimónia, as demonstrações de afecto. Nós somos atraídos por esses momentos. Depois, a sessão fotográfica com os noivos pode ser um acontecimento mágico.
O mais desafiante e difícil, diria o esforço físico e mental que esta profissão implica. Chegamos a fotografar casamentos de 20 horas, e a concentração e acabeça fresca implica muita resiliência e uma entrega apaixonante. Sobretudo quando temos outro trabalho no dia seguinte.
Escolham uma imagem favorita do vosso portfolio e contem-nos porquê:
Marco: escolher uma fotografia favorita do nosso trabalho, não é fácil. Mas por tudo que representa, escolhi esta fotografia do casamento da Ester e Nelson. Há muito tempo que perseguia uma fotografia que representasse o quão espetacular é fotografar um casamento. Por mais diverso e desafiante que seja o dia, procuramos, no dia de casamento, ser fiéis aos momentos e aquela fotografia que resume o que os noivos são enquanto casal.
Por isso, enviamos um questionário para os noivos, com perguntas detalhadas sobre a história deles, as suas relações familiares e amigos. Também tentamos estar com eles o maior número de vezes possível antes do dia do casamento.
Percebemos que são fatores muito importantes para conseguirmos um trabalho único, original e de um dia de absoluta confiança, sem quaisquer preocupações.
Com a Ester e Nelson tivemos essa felicidade, tínhamos conhecimento de como eles eram, a sua família os seus amigos e como tudo se iria passar no grande dia.
Esta fotografia resume isso tudo, a alegria e entusiasmo representados pela expressão de ambos ao ver e partilhar o momento com os convidados. Culminado com o fogo em forma de coração, como se fosse o pedido deles.
Ficamos muito felizes por eles e por nós.
Hélio: citando o mestre Joe Buissink, não há fotografias perfeitas, apenas momentos perfeitos. Escolhi esta fotografia, não porque tem um cenário grandioso, não porque poderia ser tecnicamente perfeita ou a luz seria tão brutal e espectacular, mas porque este momento ficará para sempre na minha memória. Não vale a pena inventar: a vida não ficará melhor que isto. O amor de uma irmã que agarra a noiva num momento autêntico e genuíno como nunca seria possível encenar. A cerimónia e trocas de votos ficou uns minutos para trás, e no calor do momento, esta fotografia representa a emoção e autenticidade com que procuramos contar a história.
Os contactos detalhados da dupla Foto de Sonho estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, feita de belas imagens, e contactem o Hélio Cristovão directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.
Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!





































































































































































































































