Created with Sketch.
Susana Pinto

À conversa com: Hugo Coelho Fotografia

“Põe quanto és No mínimo que fazes.”

Esta frase faz parte do épico poema de Ricardo Reis. É um belo farol ou lema, ao retomarmos a nossa série de conversas longas com os fornecedores seleccionados Simplesmente Branco. Posso dizer que é uma das minhas rúbricas favoritas, porque é sempre fascinante conhecer o percurso de cada pessoa, as suas escolhas, a visão que tem sobre o seu trabalho e sobre o mundo, e como mostra tudo isso, naquilo que é a sua assinatura.

Hoje conversamos com o Hugo Coelho, fotógrafo de casamentos, que assina como Hugo Coelho Fotografia.

Começo por dizer que gosto muitíssimo do trabalho do Hugo, da forma como conta a história de cada casal, como constrói a narrativa do dia e nos passeia por ele, como se lá tivéssemos estado. Quando vejo as imagens que escolhe captar, para as preparar para a edição de um artigo, a selecção é sempre uma tarefa difícil, que exige tempo e desapego, mas faço-o com um imenso entusiasmo e expectativa, porque o ponto de vista do Hugo Coelho é fortíssimo e todos os elementos são essenciais e têm o seu lugar, não há uma hierarquia, nem uma formatação prévia, mas sim uma magnífica soma das partes. Não há festas feias nem festas bonitas. Há pessoas, uma história, intuição, trabalho e talento.

Tem sido um imenso prazer ver o Hugo Coelho a traçar o seu rumo, em nome próprio. Aguardo os resultados desta época com imensa expectativa – serão as mais bonitas histórias de amor, tenho a certeza!

Vamos a isto?

 

Sessão de namoro em Itália, fotografada por Hugo Coelho Fotografia

 

Fotografia de casamento por Hugo Coelho Fotografia

 

Sessão de namoro, por Hugo Coelho Fotografia

 

Conta-nos um pouco da tua viagem profissional até aqui, à fotografia de casamento.

Estudei fotografia durante 3 anos na ETIC, quando terminei o curso fui estagiar para a Global Imagens, do grupo Diário de Notícias. Na altura não era bem a minha paixão, mas acabei por me deixar levar pelo fotojornalismo e acabou por ser uma boa base para o que faço hoje: documentar histórias bonitas.

 

Há quanto tempo fotografas? E porquê casamentos?

Sempre fotografei e gostei de fotografia de reportagem, trabalhei como fotojornalista e talvez daí tenha vindo a paixão pelos casamentos. Lembro-me que no jornal era raro o serviço que fazia, em que as pessoas quisessem ser fotografadas. Num casamento é diferente, todos estão lá para um propósito e os convidados gostam ser fotografados. Com esta premissa, é mais fácil trabalhar.

Este é o meu quarto ano a fotografar casamentos a tempo inteiro!

 

Nestes tempos globais, em que as imagens circulam a uma velocidade vertiginosa e todos temos acesso a tudo, a qualquer hora, onde vais buscar inspiração?

Quando comecei a fotografar, via muitos blogs, participava em grupos de fotografia e consumia muita fotografia de casamento, mas acabei por me distanciar um pouco e ganhar espaço para não pensar em trabalho ou pontos de comparação (que nos fazem sempre duvidar do nosso trabalho). Penso que isso é o mais importante para mim. Gosto muito de pintura, de ver exposições e cinema (em casa e sem pipocas a estalar nos ouvidos), gosto de andar de mota e encontrar sítios perdidos para fotografar e, claro, a família e os amigos, são a melhor inspiração.

 

Não procuro uma fotografia “sem palavras”, procuro uma história contada em imagens.

 

O teu trabalho tem sempre uma narrativa e um ponto de vista que eu acho muito especial. Como construíste essa tua assinatura?

Acho que não inventei nada, apenas descobri uma fórmula que resulta para mim e que me faz sentir mais realizado e que tem sentido para mim enquanto fotógrafo. Tento dar a perspectiva de um convidado muito próximo do casal, que está em todos os momentos importantes do dia. Não procuro uma fotografia “sem palavras”, procuro uma história contada em imagens que seja coerente e agradável de ver.

 

Quando precisas de fazer reset, para onde olhas, o que fazes?

Boa pergunta, o novo pequenino cá de casa faz as delícias para uma boa pausa no trabalho. Observar uma criança a explorar e sentir coisas pela primeira vez é um bom passa-tempo!

 

De Lisboa para o mundo, ou o mundo em Lisboa: fotografar fora do país é diferente de fotografar cá dentro?

Existem tradições diferentes e isso é um dos pontos fascinantes neste assunto, mas acima de tudo penso que sejam os locais, adoro viajar e conhecer novos sítios! Por vezes estar sempre a ver a mesma coisa por mais bela que seja atrapalha a (minha) criatividade!

 

Fotografia de casamento por Hugo Coelho Fotografia

 

Fotografia de casamento por Hugo Coelho Fotografia

 

Fotografia de casamento por Hugo Coelho Fotografia

 

Qual é o teu processo de trabalho, como acontece a ligação com os teus clientes?

Tento ser o mais sincero naquilo que faço e como consequência,  o tipo de clientes que vêm ter comigo são os que se revêem nas minhas fotografias. Acho que essa é a melhor maneira de criar uma primeira ligação.

 

Casamentos grandes ou pequeninos, nacionais ou estrangeiros, cerimónias emotivas, festas de arromba – qual é o tipo de festa que mais gostas de fotografar?

Prefiro os casamentos mais pequenos, são mais intimistas. Tenho vindo, cada vez mais, a fotografar sozinho e acaba por ser mais difícil fotografar eventos grandes. Cerimónias emotivas são genuínas, a minha fotografia vai muito em busca disso e duma boa festa, claro!

 

Qual é a melhor parte de ser um fotógrafo de casamento? E o mais desafiante e difícil?

A melhor parte, sem dúvida, é conhecer outras pessoas e estar em sítios novos. O mais difícil é perder alguns momentos com aqueles de quem gostamos. Cada vez mais tento fazer um bom equilíbrio entre estes dois planos, pessoal e profissional.

 

Escolhe uma imagem favorita do teu portfolio e conta-nos porquê:

Gosto desta imagem por ser uma das últimas que fiz, pelo casal e aventura que foi fotografar esta sessão no Canadá. Não é perfeita, não tem uma luz bonita mas traduz um pouco o meu estado de espírito: continuar a correr pelos meus objectivos.

 

Fotografia de casamento por Hugo Coelho Fotografia

 

Os contactos detalhados do Hugo Coelho Fotografia estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, com o seu trabalho mais recente e contactem directamente o Hugo Coelho através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

Save

Susana Pinto

Margarida + Diogo, um casamento simples e épico!

Mais uma semana, mais um casamento bonito e doce. Começamos um optimista mês de Março com um casamento em Alenquer: a festa da Margarida +Diogo, no calor do mês de Julho.

A enchente de imagens é do Hugo Coelho, exímio contador de histórias: escolhemos quase 70, das 100 enviadas, porque todas fazem falta para contar  – e mostrar – como foi bonito, à sua maneira descomplicada e focada no essencial, o casamento da Margarida + Diogo.

É uma festa bonita, feliz, apetece-nos estar ali com eles, passar o dia, celebrar e dar abraços, brindar e, no fim, dançar como se não houvesse amanhã (e a Margarida dá uns belos conselhos para se conseguir um dia assim).

 

O melhor dos dias, é assim, vão ver!

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Quando a resposta foi “sim!”, como é que imaginaram o vosso dia?

Imaginámos uma festa simples, descontraída, num ambiente familiar e rústico/campestre.

 

Sentiam-se preparados ou foi um caminho com muitos nervos?

Estávamos preparados, mas há sempre aquele nervoso miudinho, queremos que tudo corra bem. Com tempo, conseguimos organizar tudo sem grandes sobressaltos nem imprevistos de última hora.

 

Convite de casamento rústico

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Em que momento da organização do casamento é que sentiram, «é mesmo isto»?

Sabíamos bem o que pretendíamos, íamos com ideias bem definidas na escolha de tudo – local, decoração, vestido de noiva, etc… Mas a prova de ementa, na Quinta da Taipa, foi a certeza de que tínhamos decidido o melhor local e as melhores pessoas. O ambiente familiar em que nos receberam, juntamente com os nossos pais, foi fundamental.

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

 

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

O resultado é fiel às ideias iniciais ou muito diferente? Contaram com alguma ajuda?

O resultado final ainda foi melhor do que planeámos! Tudo foi perfeito, até o clima! O facto de termos a colaboração com a Quinta da Taipa, também nos permitiu passar o dia de forma descontraída porque sabíamos que estávamos em boas mãos.

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Bouquet rústico cor de rosa

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

O que era fundamental para vocês? E sem importância?

Queríamos essencialmente aproveitar ao máximo o nosso dia, descontraidamente, e que todos disfrutassem da nossa festa tanto quanto nós. Queríamos que o dia fosse inesquecível, não só para nós. A música é muito importante – nada pior que uma pista de dança vazia!

O menos importante era ter um casamento planeado com grandes pormenores e timings. Quanto mais natural melhor.

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

O que foi mais fácil? E o que foi mais difícil?

Organizar o casamento não foi, de todo, o “bicho-de-sete-cabeças” que dizem. Pelo contrário, com tempo, deu-nos muito gozo imaginar as coisas e vê-las ganharem forma. Inclusivamente o vestido de noiva, inteiramente personalizado, foi das coisas mais fáceis.

O mais difícil foi decidir onde traçar o limite de quem se convida e quem se deixa de fora. Facilmente se começa a fazer uma lista e se chega aos 300 convidados, o que para nós estava fora de questão, pois queríamos poder dar atenção e estar com todos. A divisão das mesas também é uma tarefa complicada!

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Qual foi o pico sentimental do vosso dia?

Os discursos dos padrinhos, sem dúvida! Numa cerimónia civil, em que muitas vezes o notário não conhece os noivos e acaba por fazer um discurso contratual (apesar de não ter sido o nosso caso), ter os melhores amigos a recordar os melhores momentos e peripécias, tornou o momento muito especial.

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

E o pico de diversão?

No seu todo, o casamento foi bastante animado, com um belo dia de verão, convidados bem-dispostos e divertidos. Talvez destacássemos o brinde e corte do bolo, como o momento mais emblemático da festa.

 

Decoração de casamento rústica e romântica

 

Decoração de casamento rústica e romântica

 

Decoração de casamento rústica e romântica

 

Decoração de casamento rústica e romântica

 

Decoração de casamento rústica e romântica

 

Um pormenor especial…

Namorámos 14 anos e conseguimos fazer 14 mesas de convidados, uma por cada ano que passámos juntos. O tema era o ano em questão, com os principais acontecimentos e curiosidades acerca desse ano.

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Agora que já aconteceu, mudavam alguma coisa?

O casamento começou às 15h e, se fosse agora, gostávamos que durasse mais tempo. Passa a correr…e é um dia maravilhoso!

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Algumas words of advice para as próximas noivas…

Organizem as coisas com tempo, evitem o stress de última hora. No próprio dia, disfrutem ao máximo… quanto menos “planeado ao minuto”, menos preocupações e o dia corre mais fluido. A chave de sucesso para um casamento bonito são uns noivos divertidos, descontraídos e felizes. Aproveitem!

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Casamento rústico em Alenquer, fotografado por Hugo Coelho Fotografia

 

Os fornecedores envolvidos:

 

convites e materiais gráficos: design Filipa Pinto, impressão Serisexpresso;

local, som, DJ, decoração, catering, bolo: Quinta da Taipa, Alenquer;

fato do noivo e acessórios: fato Hugo Boss, sapatos Armando Silva;

vestido de noiva e sapatos: vestido modista D. Aurora, sapatos Atelier Fátima Alves;

ofertas aos convidados: design Filipa Pinto, execução Pikies;

fotografia: Hugo Coelho Fotografia;

vídeo: I Do films.

 

Save

Susana Pinto

Inês + Ricardo, a receita para um dia muito feliz!

Atravessamos mais uma semana invernosa e nada melhor do que imagens luminosas (e vistas de mar!) para aquecer e sonhar com dias quentes e longos… Trazemos a festa da Inês + Ricardo, fotografada pelo Hugo Coelho Fotografia.

E o que eu gosto deste nosso casamento de hoje… Ri-me imenso com as respostas dos noivos (Inês, a noiva que nem se queria casar…!), e com a clarividência dos seus conselhos… e gostei tanto das imagens enviadas pelo Hugo Coelho, que contam uma história, que é a da Inês + Ricardo, neste dia de todos os dias: explico-vos porquê.

Há muitos blogues de casamento, certamente quem nos lê segue vários. E há o Pinterest, a plataforma nº1 das noivas actuais, e há o Instagram e isto e aquilo. Em comum, mostram imagens lindas, milhares de detalhes que circulam todos os dias, que guardamos criteriosamente em pastas de inspiração – eu faço o mesmo, são ferramentas de trabalho.

Mas não é isso que me interessa, nem é isso que me enche de espanto e nem é isso que quero, todos os dias, trazer para aqui e sobretudo, para estes artigos de sexta-feira: para mim, a magia são as pessoas e o amor partilhado, a energia do dia, a alegria contagiante, transversal (o sorriso da Inês está em todas as fotografias!)… A última imagem é uma fotografia de rolhas. E até é a minha favorita (e gosto muito de todas), neste contexto, porque fecha a narrativa, de forma épica: foi aquilo, uma festaça, são os despojos, o que fica quando toda a gente já se foi embora, o ponto final de um dia incrível (sim, porque só os dias incríveis e muito especiais terminam com espumante!). É a história contada pela lente do Hugo, a sua perspectiva com as suas escolhas e decisões sobre o essencial e o acessório, e é, sem margem para dúvidas, a história do dia da Inês + Ricardo, na companhia dos seus. E isto tudo, caros leitores, contado assim, é maravilhoso, é único e muito doce.

 

 

 

 

 

Quando a resposta foi “sim!”, como é que imaginaram o vosso dia?

Não fazíamos a mais pequena ideia. A Inês toda a vida disse que não queria casar e embora, com o avançar da relação, tenha mudado de ideias, foi uma mudança que até a ela própria fez confusão. Quase que nem queria admitir que estava, realmente, a pôr a hipótese de casar. E como era algo difícil de admitir, nunca se deixou pensar sobre como seria o grande dia. No dia do “sim” estava “tudo por pensar”. O primeiro instinto era casar numa praia tropical, com meia dúzia de amigos, pés descalços e vestido branco mas básico (pelo joelho e de alcinhas, nada de noiva) com uma flor havaiana no cabelo. Isto sem grandes certezas… Por outro lado, o clássico entrar da noiva na Igreja é algo que custa não incluir quando se toma a decisão de casar. Além do mais, a ideia do Ricardo, era o casamento clássico. Pelo que quando começámos a pensar no nosso dia e concluímos que seria clássico, só imaginámos as pessoas que nos são queridas à nossa volta, felizes por nós e orgulhosas por termos decidido partilhar com elas a decisão de ficarmos juntos para sempre.

 

 

 

 

Sentiam-se preparados ou foi um caminho com muitos nervos?

Não nos sentíamos minimamente preparados, mas não houve assim tantos nervos… Foi um caminho emocionante, isso sim. Todo o processo foi uma constante emoção. Uma excitação sempre que dávamos mais um passo na organização e uma felicidade enorme com o aproximar da data. Momentos de ansiedade, foram poucos, pois tivemos a sorte de quase nada fugir ao nosso controlo.

 

 

 

 

Em que momento da organização do casamento é que sentiram, «é mesmo isto»?

Não sentimos “é mesmo isto” em nenhum momento concreto da organização. Sentimos isso antes de começar a organização, quando contámos aos nossos pais que tinha havido um pedido de casamento e que íamos dar esse passo.

 

 

 

 

 

 

 

O resultado é fiel às ideias iniciais ou muito diferente? Contaram com alguma ajuda?

Tudo aquilo que exigiu preparação resultou de acordo com as ideias iniciais. Ou praticamente tudo, vá. Houve algumas adaptações que tiveram de ser feitas mas, de um modo geral, aquilo que idealizámos, concretizou-se. Tivemos bastante ajuda, sim. Principalmente da mãe da noiva… A mãe da noiva, da nossa experiência, é uma ajuda preciosa e fundamental!

 

 

 

 

 

O que era fundamental para vocês? E sem importância?

Fundamental: conseguirmos aproveitar o nosso dia, sem stress, para podermos sentir e usufruir de cada momento. Queríamos mesmo viver cada minuto. E, claro, ter à nossa volta as pessoas mais próximas e sabê-las felizes por nós.

Sem importância: tudo o que falhasse no dia. Isto é, fizémos os possíveis e impossíveis, até à véspera, para que tudo corresse na perfeição. Mas pusémos para nós que, no próprio dia, o que não corresse de acordo com o plano, não ia ter importância! O que corresse bem, óptimo. O que não corresse como planeado, azar.

 

 

 

 

 

O que foi mais fácil? E o que foi mais difícil?

O mais fácil foi escolher o fotógrafo! Embora tenhamos visto trabalhos de vários e tenhamos tido reuniões com 2 ou 3, no fundo sabíamos que íamos escolher o Hugo Coelho porque adorámos o trabalho que ele fez no casamento de uns amigos nossos. E esses amigos disseram que ele era “top”.

O mais difícil foi decidir como abrir a pista de dança! Não queríamos a valsa clássica pois não nos identificamos com isso mas não sabíamos bem como fazer uma coisa à nossa medida. Acábamos por dar largas à imaginação, ver vários vídeos no youtube e montámos uma coreografia nossa (que foi muito elogiada!).

 

 

 

 

 

 

 

 

Qual foi o pico sentimental do vosso dia?

A entrada da noiva na Igreja – há noivos que escolhem outro pico que não este???

 

E o pico de diversão?

Abertura da pista! Não só a dança foi genial (modéstia à parte), como ainda por cima a mesa de mistura encravou e foi uma risota! Tivemos de começar de novo e pedir aos convidados que se fingissem surpreendidos como se não tivessem nunca visto como era o início da dança. Resultou super bem.

 

 

 

 

 

 

Um pormenor especial…

O aparecimento de um amigo que vive que Xangai e com quem não estávamos a contar no casamento. Foi surpresa. Fez 13.000km em 2 dias para não perder o nosso dia – foi algo que nos honrou muitíssimo. Foi muito especial.

 

 

 

 

 

Agora que já aconteceu, mudavam alguma coisa?

Nada! Foi perfeito!! Quer dizer, se calhar comeríamos mais no cocktail (não experimentámos nada dos aperitivos, só mesmo o gin tónico) e certamente que teríamos ido à mesa das sobremesas e à dos queijos… Que desperdício! No dia nem nos lembrámos disso… Tanto empenho e dedicação a escolher cada variedade e depois não provámos nada…

 

 

 

 

 

Algumas words of advice para as próximas noivas…

Não stressem. O vosso casamento acontece uma vez na vida por isso aproveitem cada momento do processo. Há coisas que nos deixam, a nós noivas, de nervos em franja durante a organização mas respirem fundo e  pensem que vai correr bem. Corre sempre e, no dia, não pensem. Não pensem em nada. Estiveram uma data de meses a preparar tudo, preocupadas com tudo e a pensar em tudo… Para quê? Para no grande dia poderem dar-se ao luxo de não pensarem em nada e só sentirem cada momento. Vale a pena! Mas só têm uma oportunidade, por isso não a desperdicem.

 

 

 

 

 

Os fornecedores envolvidos:

 

convites e materiais gráficos: Miguel Teixeira e Cláudia Alves;

local, decoração, catering e bolo: Quinta do Pé da Serra (serviço próprio);

fato do noivo e acessórios: Alta Roda;

vestido de noiva e sapatos: vestido A Bela Noiva; sapatos Zilian;

maquilhagem e cabelos: Mariana Gonçalves. Cabelos & Maquilhagem

bouquet: feito pela mãe da noiva

ofertas aos convidados: não houve

fotografia: Hugo Coelho Fotografia

vídeo: The Emotion Wedding Films

luzes, som e Dj: luzes e som Boost Audio; DJ Dave Oak

 

Save