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Susana Pinto

À conversa com: DJ Rui Almeida – DJ para casamentos

Hoje conversamos com o DJ Rui Almeida, DJ para casamentos, com base em Guimarães.

 

O Rui conta-nos como foi o seu percurso profissional, que começou na rádio, passou pelos espaços nocturnos e cresce, saudavelmente, através dos casamentos que vai animando com entusiasmo e muito sucesso.

 

Nesta conversa há espaço para percebermos em detalhe o que faz uma boa pista de dança e a importância que um verdadeiro profissional tem, como condutor da noite e da animação: a percepção e capacidade de leitura de pista, o conhecimento profundo sobre o o cliente e os seus convidados e o equilíbrio saudável e frutuoso entre o improviso e o trabalho de casa.

Juntem-se a nós!

A audiência é a minha prioridade e coloco a música de que mais gostam. Existem mil e uma maneiras de o fazer e, ao longo de uma festa com muitas horas, há sempre tempo para construir um alinhamento musical completo e distinto, que agrade até aqueles que têm um gosto musical mais eclético. Ao mesmo tempo, tento enriquecer o alinhamento musical, para que os meus clientes tenham um serviço com valor acrescentado.

Conte-nos um bocadinho do seu percurso, até às pistas de dança: como é que isso aconteceu?

O meu percurso começou na rádio, onde durante quatro anos tive um programa de música de dança em que semanalmente revelava algumas das novidades  da House Music, género musical que continua a ser um dos meus preferidos. Isto aconteceu entre 1994 e 1998, quando a internet não estava democratizada como está hoje e, por isso, o acesso à musica nova não acontecia à velocidade atual.

O programa era emitido em direto e todo misturado em suporte de vinil. Durante este período também coloquei música em algumas festas de House Music que se faziam com alguma frequência, e em alguns bares e discotecas.

 

Em 1998 surgiu o primeiro convite para assumir uma residência noturna, acabei por deixar a rádio e, até 2004, fui DJ residente em alguns espaços nocturnos. Esta experiência noturna foi extremamente importante, porque cresci enquanto Disc-Jockey, a minha cultura musical aumentou consideravelmente, outros géneros musicais começaram a fazer parte dos meus repertórios e aprendi a interpretar uma pista de dança e a saber geri-la durante umas horas.

 

Rui Almeida - DJ para casamentos Rui Almeida - DJ para casamentos Rui Almeida - DJ para casamentos

Animação noturna e casamentos –  sendo a música um assunto transversal, esta é uma ligação natural e inevitável?

É uma ligação natural, mas não inevitável. Nem todos os Disc-Jockeys “noturnos” acabam por fazer animação de casamentos, porque não têm perfil para fazer este trabalho ou porque simplesmente não gostam de o fazer.

Também não é uma ligação natural, porque existem muitos “animadores”, cujo  percurso começou precisamente na animação de casamentos.

Obviamente, não estão tão bem preparados para fazer este trabalho. Por muitos anos de experiência que consigam acumular, terão muito mais dificuldade em enfrentar uma pista de dança difícil. Sim, porque este é um trabalho muito exigente. De uma forma geral, os clientes têm a expectativa de ter uma festa longa, até de manhã, se possível. Ora, para conseguir fazer uma festa com muitas horas de dança, tendo em conta que temos habitualmente cerca de uma centena de convidados, é preciso conhecimento e larga experiência.

 

Nenhuma festa é igual à anterior, temos um número limitado de convidados a dançar, com diferentes idades e muitas vezes com diferentes gostos musicais, e é preciso agradar a todos.

Por isso é importante que os noivos tenham plena noção de quem estão a contratar e se essa pessoa será capaz de assumir a responsabilidade de colocar música num dos dias mais importantes das suas vidas.

 

O que ouve quando não está a trabalhar? Separa lazer e profissão?

Ouço um pouco de tudo, embora a música Soul, Jazz, Funky e alguma Música Electrónica sejam as que reúnem as minhas preferências.

Contudo trabalho é trabalho, e quando assim é, a audiência é a minha prioridade e coloco a música que eles mais gostam.

Existem mil e uma maneiras de o fazer e ao longo de uma festa com muitas horas, há sempre tempo para construir um alinhamento musical completo e distinto, que agrade até aqueles que têm um gosto musical mais eclético. Não gosto de ir pelo caminho vulgar de desbobinar somente música comercial. Coloco-a, é claro, nos momentos necessários, mas tento ao mesmo tempo enriquecer o alinhamento musical, para que os meus clientes tenham um serviço com valor acrescentado.

 

Rui Almeida - DJ para casamentos Rui Almeida - DJ para casamentos Rui Almeida - DJ para casamentos

Como cria uma playlist para os seus noivos? É tudo trabalho prévio ou há espaço de improviso? Um pesa mais do que outro?

Tento conhecer ao máximo o gosto musical dos noivos e o que eles pretendem para a festa do seu casamento, que muitas vezes é uma coisa bem diferente dos seus gostos musicais.

Gosto  também de perceber previamente como é composto o grupo de convidados e também o que estes apreciam.

O trabalho, obviamente, só faz sentido em direto, a sentir constantemente a reacção da audiência, contudo, se for bem preparado é geralmente mais bem sucedido.

Sou também um pouco selectivo na gestão da minha agenda para assim ter tempo para preparar o trabalho.

Existe por isso um equilíbrio entre o trabalho prévio e o espaço para improviso, porque o trabalho do DJ também é isso.

 

Gosto de agir por antecipação e não por reacção. Não espero que saiam pessoas da pista para mudar de género musical, mudo atempadamente para as agradar constantemente, para as surpreender pela positiva e para lhes dar constantemente motivo para estarem presentes na pista de dança.

Como os noivos e os seus convidados não são todos iguais, não faria sentido ter uma playlist igual para todas as festas. Isso não resultaria. Existe, sim, uma identidade musical no meu trabalho e um fio condutor que tem como objectivo guiar a festa pela noite dentro, durante algumas horas, e onde deve haver  espaço para um repertório musical variado que agrade a todos os presentes.

Como tenho uma cultura musical abrangente, consigo fazê-lo com alguma facilidade. Este alinhamento musical tem também, obviamente, de ser um reflexo do gosto musical dos noivos ou do que estes pretendem que seja.

 

Um trabalho personalizado é a chave para o sucesso e é isso que gosto de proporcionar aos meus clientes.

 

Como se mantém actualizado?

De muitas formas, através da rádio, da internet, com algumas saídas noturnas e através da partilha com outros amigos DJ.

 

Rui Almeida - DJ para casamentos Rui Almeida - DJ para casamentos Rui Almeida - DJ para casamentos

Trabalha com clientes corporativos e com clientes particulares: no dance floor somos todos iguais ou o vibe da festa é muito diferente?

Normalmente uma festa de casamento tem uma vibe bem diferente da de um evento corporativo.

É uma festa de família e amigos em que se comemora um dia muito especial, por isso é normal que tenham uma atmosfera mais solta do que a de um evento corporativo.  Mas, é claro, Também tenho muitos eventos corporativos que são uma grande festa, muito animada.

 

O que faz uma grande noite (ou pista de dança)?

Um público divertido, noivos presentes na pista, uma boa sintonia entre o público e o DJ, e temos festa até de manhã.

 

Gosta dançar ou prefere ouvir?

Estou mais habituado a ouvir do que a dançar, o que acaba por ser normal, uma vez que numa festa estou quase sempre do lado de dentro da cabine de DJ. Contudo, mesmo do lado de dentro não estou parado, acabo sempre por dançar, porque também me divirto com o que estou a fazer e, no fundom faz parte da performance do DJ transmitir boa disposição para a pista de dança.

 

Ao casar, com que música abria a pista?

Já me casei e como sou adepto de clássicos em momentos que queremos eternizar, foi com o Wonderful Tonight, num dueto do Ivan Lins com o Michael Bublé, que abrimos o baile.

 

Para fechar, qual é a música a que regressa sempre?

Confesso que não tenho uma música à qual regresso sempre, da mesma forma que não tenho uma música preferida. Ambas as coisas seriam muito redutoras e não fariam sentido entre tantas músicas que aprecio e que merecem lugar de destaque.

 

 

Contactem o Rui Almeida, através da sua ficha de fornecedor. Espreitem as galerias e entrem em contacto directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática do Rui Almeida.

 

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

Susana Pinto

À conversa com: Ana Wedding Potography – fotografia de casamentos

Hoje conversamos com a Ana Afonso, que assina como ANA.WeddingPhotography e faz fotografia de casamento.

 

No trabalho da Ana Afonso há uma energia constante que vibra em cada imagem e é essa sensação que me prende, sempre, a cada imagem: a alegria pura, vivida no mais bonito dos dias.

De Santarém para todo o país, apresento-vos o trabalho bonito da ANA.WeddingPhotography.

Após a primeira reunião, é crucial para mim criar uma relação com os meus noivos. Quero que vejam em mim uma amiga, que vejam a Ana e não a fotógrafa. No dia do casamento temos que estar unidos, temos que ser um.

Conta-nos um pouco da tua viagem profissional até aqui, à fotografia de casamento.

A fotografia sempre esteve muito presente na minha vida. Tenha uma caixa inteira de memórias. Lembro-me perfeitamente de o meu pai andar sempre com a máquina fotográfica para registar as idas à praia, as sardinhadas, os fins-de-semana em casa dos avós.

Mas à medida que fui crescendo e as histórias foram mudando, a máquina  fotográfica passou a ter um papel mais assíduo dentro da mala do que propriamente nas nossas vidas. Anos mais tarde, já adulta, juntei-me a dois amigos e iniciámos o nosso projecto de fotografia de casamento.

 

Fotografia de casamento em santarém - Ana Wedding Photography Fotografia de casamento em santarém - Ana Wedding Photography Fotografia de casamento em santarém - Ana Wedding Photography

Há quanto tempo fotografas? E porquê casamentos?

A ANA.WeddingPhotography completa dois anos. Mas já capto momentos sentidos com o coração desde 2014. Não consigo explicar a mística dos casamentos. Só consigo dizer que todos eles são diferentes, que todas as histórias são distintas, que há intervenientes loucos e outros mais tímidos. E é isto que me agarra! Poder registar a história que se escreve, a história que se sente e as histórias que muitas vezes não se vêem.

 

Nestes tempos globais, em que as imagens circulam a uma velocidade vertiginosa e todos temos acesso a tudo, a qualquer hora, onde vais buscar inspiração?

A inspiração vem do cinema, vem de conversas entre amigos, de gargalhadas e das viagens. Somos seres culturais, temos que nos inspirar! No meu caso, inspiro-me bastante na realidade, de como ela nos molda e nos faz sentir as coisas. Num mundo onde tudo está ao acesso de todos de uma maneira rápida, não há nada como nos inspirarmos nas emoções e na maneira como vemos e sentimos as pessoas e as relações. No registo documental não há nada melhor do que isto: a realidade, a actualidade.

 

Como construíste a tua assinatura, como te defines?

Há uma questão máxima que eu sigo na minha vida: gosto de tratar os outros como gostava que me tratassem a mim. E a minha ANA.WeddingPhotography é muito isto! Eu vivo o dia dos casamento como se fosse eu, eu vivo os preparativos bem de perto com as minhas noivas e sonho alto com elas. Por isso a minha assinatura não podia ser mais do que isto: eu mesma.

 

Fotografia de casamento em santarém - Ana Wedding Photography Fotografia de casamento em santarém - Ana Wedding Photography Fotografia de casamento em santarém - Ana Wedding Photography

Achas que o ponto de vista feminino, os detalhes que escolhes fotografar e como o fazes, a narrativa que constróis, é diferente das escolhas que vês num trabalho de um profissional masculino?

Acho que não tem a ver com o olhar feminino e o olhar masculino. Mas com quem somos, que estímulos temos, quais as nossas vivências, se somos seres mais sensíveis ou não. O nosso trabalho vai-se moldando.

 

Quando precisas de fazer reset, para onde olhas, o que fazes?

Por norma esse reset só é feito quando chego ao carro, no final de um casamento. Durante o casamento eu rebolo, eu ando pelo chão, eu danço, eu choro, tenho os sensores todos ligados.


Qual é o teu processo de trabalho, como acontece a ligação com os teus clientes?

Após a primeira reunião, é crucial para mim criar uma relação com os meus noivos. Quero que vejam em mim uma amiga, que vejam a Ana e não a fotógrafa. No dia do casamento temos que estar unidos, temos que ser um.

 

Fotografia de casamento em santarém - Ana Wedding Photography Fotografia de casamento em santarém - Ana Wedding Photography Fotografia de casamento em santarém - Ana Wedding Photography

Casamentos grandes ou pequeninos, nacionais ou estrangeiros, cerimónias emotivas, festas de arromba – qual é o tipo de festa que mais gostas de fotografar?

Todos. Todos são diferentes, todos têm histórias, todos eles me fazem borboletas na barriga. Todos me fazem querer sair de casa, pegar na máquina fotográfica e registar.


Qual é a melhor parte de ser um fotógrafo de casamento? E o mais desafiante e difícil?

Acho que o melhor e o mais desafiante são as emoções. Temos que lidar com elas de manhã à noite.


Escolhe uma imagem favorita do teu portefólio e conta-nos porquê:

Podia ter escolhido imensas fotografias mas esta é muito especial para mim porque foi um momento divertidíssimo! Antes da chegada do noivo à quinta, os “cavalheiros de honra” fizeram uma surpresa ao noivo. Há toda uma história que se conta por fotografias deste momento, desde a sua reacção à surpresa, às gravatas, à carrinha conduzida pelo pai do noivo com fardos de palha a fazer de bancos e de mesa. Foi uma aventura, misturada com adrenalina. Eu não sabia que eles iam fazer isto. Fui apanhada na curva e adorei!

 

Ana Wedding Photography, fotografia de casamento em Santarém

Estão à procura de quem faça a vossa fotografia de casamento?

 

Contactem a Ana Afonso através da sua ficha de fornecedor. Espreitem as galerias e entrem em contacto, directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem e, na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

 

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Susana Pinto

À conversa com: Wedwings – wedding planner

Hoje conversamos com a Rita Soares-Alves, wedding planner que assina como Wedwings.

Falamos sobre o seu percurso e sobre a importância e valências de um wedding planner, no grande esquema que compõe o mais bonito dos dias.

Juntem-se a nós e fiquem a conhecer o trabalho bonito da Rita Soares-Alves!

Tenho como premissa que o casamento é um acto privado entre os noivos, mas a festa de casamento é um dia de partilha, entre familiares e amigos próximos e mais queridos que, em conjunto, celebram o nascimento de uma nova família.

Conte-nos um como começou esta aventura de ser wedding planner:

Já lá vão bastantes anos… o gosto pela área começou nos meus early 20s – sim, faço parte de uma geração que casava logo após o final da faculdade, bastante antes dos 30 anos – com a tradicional ajuda e disponibilidade a casais amigos, na organização dos seus casamentos.

Fui durante anos a amiga que os acompanhava às feiras de casamentos, às provas dos vestidos, tinha as ideias para os temas das mesas, muito em voga, nessa altura, fazia noitada na véspera do casamento para apoiar nos momentos de maior ansiedade… a vocação confirmou-se quando os amigos começaram a oferecer-me revistas e livros da especialidade trazidos de viagens internacionais!

 

Claro que o meu percurso profissional passou, durante alguns anos pela área de eventos, embora corporativos, mas os casamentos sempre foram o meu crush: desde já muito que tenho cadernos com ideias, livros sobre wedding planning, recortes de revistas e jornais, já para não falar de diversas edições de revistas nacionais e internacionais, das quais sou incapaz de me desfazer.

Em 2012, comecei a organizar o casamento da minha irmã, que residia fora do país, e decidi que este seria o meu grande teste. Estava na hora de dar vida a este projecto e de lançar o que viria a ser a Wedwings, que aconteceu em finais de 2014.

 

Wedding Planner em Lisboa: Wedwings, by Rita Soares Alves Wedding Planner em Lisboa: Wedwings, by Rita Soares Alves Wedding Planner em Lisboa: Wedwings, by Rita Soares Alves

Organizar um casamento é coordenar tarefas e um orçamento, mas também gerir emoções e expectativas. Um destes lados pesa mais ou no meio está a virtude?

É um pouco de tudo! Trabalhamos ao lado dos noivos cerca de um ano, tornamo-nos muito próximos e acabamos por assumir os papéis que são mais convenientes a cada casal.

Considero-me uma pessoa bastante analítica, sou uma Excel-addicted, tenho templates e processos desenhados para quase todas as minhas actividades, mas o grande desafio é, sem dúvida, a gestão de emoções e de expectativas!

A maioria dos noivos nunca passou por este processo, normalmente, é um ano muito intenso e de grande pressão; e claro que há sempre situações em que, naturalmente, somos os conselheiros, os apaziguadores, os gestores de emoções e, em muitos casos, acabamos por mediar tensões entre os casais ou até com as famílias.

 

Tem uma perspectiva perfeccionista sobre o resultado ou é o prazer de acompanhar o processo que é o factor dominante?

Bom, é certo que estou permanentemente a visualizar o resultado, ou seja, a visualizar o dia do casamento em si. E isso atira-me um pouco para tendência para o perfeccionismo do resultado.

Mas o que é o perfeito hoje, não tem de ser o perfeito de amanhã; e o processo é essencial para fazer essa evolução, sempre com o foco no que é o perfeito para aqueles noivos.

 

Ainda há alguma resistência à figura do wedding planner, que é vista mais como um custo adicional do que um genuíno valor acrescentado. Quais são as claras vantagens em contratá-la?

 

Em Portugal, nos últimos anos, a figura do wedding planner tem vindo a modificar-se e, cada vez mais, os casais portugueses começam também a reconhecer a necessidade e a conveniência de contratar os seus serviços. O tempo consumido pela organização de um casamento, a relevância do investimento bem como a eficiência de ter apenas um interlocutor, conhecedor das soluções mais adequadas e com uma visão 360º do evento, são factores decisivos no reconhecimento do valor acrescentado que podemos trazer para a organização da festa do casamento.

Em suma, a contratação de um wedding planner é, para muitos noivos, uma boa decisão: contratar alguém que gira, de forma profissional, as suas expectativas, dê vida às suas ideias e que invista adequadamente o seu orçamento disponível!

 

Wedding Planner em Lisboa: Wedwings, by Rita Soares Alves Wedding Planner em Lisboa: Wedwings, by Rita Soares Alves Wedding Planner em Lisboa: Wedwings, by Rita Soares Alves

Como é o seu processo de trabalho, como cria uma ligação com os seus clientes?

Lido diariamente com emoções, sonhos (muitas vezes, de uma vida), relações familiares. Gosto muito de conhecer a história dos meus noivos – como se conheceram, como foi o pedido de casamento, o que gostam de fazer, qual o seu clube de futebol favorito -, das suas famílias – se existem tradições familiares, como se relacionam … Faço girar todo o processo em torno dessas histórias.

No dia, uso as toalhas bordadas pela avó ou pela tia mais querida na mesa da cerimónia, “obrigo” o pai da noiva a escrever um discurso ou um postal para oferecer à filha no dia do casamento, contrato, de surpresa, o grupo coral de cante alentejano da terra do noivo ou recebo os noivos, que são de origem irlandesa, com um Bag Pipe Player.

Tenho como premissa que o casamento é um acto privado entre os noivos, mas a festa de casamento é um dia de partilha, entre familiares e amigos próximos e mais queridos que, em conjunto, celebram o nascimento de uma nova família.

 

As tendências da estação… são um assunto de trabalho ou apenas fait divers?

Definitivamente, são um assunto de trabalho. São guias das nossas noivas (normalmente, é assunto mais feminino) e há uma enorme expectativa que o seu casamento reflicta a tendência do momento.

Compete-nos a nós fazer uma primeira análise dessas tendências, perceber se e como se adequam aquele casamento específico, equilibrar e incorporar da melhor forma essa tendência.

 

Onde busca inspiração para cada nova temporada de trabalho?

Antes de mais, na época anterior: fazer o balanço do que resultou, do que pode ser melhorado é talvez uma das maiores inspirações para o nosso trabalho. Enquanto profissionais, crescemos com a nossa experiência e com as diferentes realidades que vivemos e esta é um enorme valor acrescentado para os casamentos seguintes.

Fomento também bastante o networking com outros profissionais da área, quer em Portugal quer internacionalmente, o que me permite absorver novas e diferentes abordagens e conceitos.

E dedico particular atenção às tendências do momento, não só as específicas de casamentos, mas também em áreas como a moda, o design, a arquitectura, o cinema, entre outros.

 

Wedding planner em Lisboa: Wedwings ecoração da mesa de doces, com Wedwings Wedding Planner Decoração da cerimónia civil com arco de flores

E nos momentos de fadiga criativa, como refresca a mente e o olhar?

Acima de tudo, a minha fadiga criativa é gerada pelo foco e concentração apenas no trabalho.

Quando chego a esse ponto, o melhor mesmo é ligar o Out-of-the-office, desligar o computador e dar espaço à vida pessoal. No meu caso, o meu Algarve, o cheiro a mar e a citrinos. Passear a minha querida Biki, a minha cadela Labrador. Pôr o cinema em dia. Aproveitar os finais de tarde num qualquer terraço de Lisboa.

 

Qual é a melhor parte de organizar um casamento? E o mais desafiante e difícil?

Sabem aquele momento em que já têm o espaço e catering contrato, o DJ escolhido e o fotografo reservado? É a partir daqui que, para mim, começa a melhor parte! Juntar as peças do puzzle, começar a escrever a história desta festa. Pensar nos detalhes e dar corpo às ideias. E, claro, o dia em si! Ver acontecer, viver resultado e as emoções que geram.

O mais difícil, definitivamente, é gerir os constrangimentos, sejam eles financeiros ou de outra natureza. São sempre quebras no entusiasmo, geram frustrações e o processo de adaptação à realidade requer um cuidado especial.

Mas é aqui que tento fazer a diferença: seja através de soluções alternativas, dando-lhes tempo para reflectir, avaliando, em conjunto, o impacto da situação…

 

Qual foi o casamento em que mais gostou de trabalhar? Porquê?

Foi um casamento de clientes americanos que se realizou no Palácio Marquês da Fronteira.

Mais do que pela a parte cénica e criativa – sim, foi um dos casamentos mais bonitos que organizei –, pelo processo e pela relação com os clientes.

Estávamos com oito horas de diferença horária, foi tudo tratado por email ou por Facetime – foi assim que fecharam a escolha do espaço – e nem o noivo nem nenhum convidado tinham estado alguma vez em Portugal, até dois dias antes do casamento. E nada disto foi um problema.

O objectivo deste casal era ter uma festa bonita, com muita inspiração portuguesa, uma festa de arromba e três dias fora de série com a família e os amigos. E foi isso que aconteceu e que foi inesquecível para todos os que viajaram do outro lado do mundo!

O segredo: confiaram e mantiveram o foco no essencial- o resultado e ser feliz!

 

Escolha uma imagem favorita do seu portefolio e conte-nos porquê:

Para além de considerar que visualmente é uma grande fotografia, esta imagem reflecte muito do ADN da Wedwings: representa um destination wedding, muito autêntico, com um cunho muito português e que contou com alguns dos meus parceiros mais queridos; representa também a cumplicidade familiar e a sua força num dia tão importante com o dia do casamento. Estão aqui muitos dos valores da Wedwings e é uma fotografia que me acompanhará sempre.

 

Casamento no Palácio Marquês da Fronteira

Contactem a Wedwings, através da sua ficha de fornecedor. Espreitem as galerias e entrem em contacto com a Rita Soares-Alves, directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem e, na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

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Susana Pinto

À conversa com: DJ Nuno Rodrigues – Dj para casamentos

Hoje conversamos longamente com o DJ Nuno Rodrigues, DJ de casamentos, mas não só.

 

O Nuno Rodrigues é fornecedor seleccionado Simplesmente Branco há muito tempo e é presença activa nos showcases que temos organizado.

Hoje falamos sobre o seu percurso até aqui, sobre a importância de ter uma assinatura e posturas profissionais na pista de dança, e descobrimos o que gosta de ouvir.

Fiquem também a conhecê-lo melhor!

Sentir a energia do meu local de trabalho, na cabine, sentir  e ler o público, ver os sorrisos  na cara das pessoas, as emoções que conseguimos criar com cada tema que sai do sistema de som, sentir que tudo isto parte de mim… é fascinante!

Conte-nos um bocadinho do seu percurso, até às pistas de dança: como é que isso aconteceu?

Sempre gostei de muito de música, em casa dos meus pais tinha muitos problemas com os vizinhos, estava sempre a ouvir música bem alto para sentir o beat, organizava festas com os meus amigos e o DJ era sempre eu, adorava trabalhar com a música e mexer nos discos e cassetes, era o que se usava na altura e a magia do DJ era mais respeitada.

Lembro-me de uma festa de Carnaval que organizámos, acho que tinha uns dezasseis ou dezassete anos… convidámos muita gente, amigos, familiares, até fizemos publicidade e o evento correu muito bem até ao meio da noite, quando a aparelhagem que o meu pai me tinha oferecido ofereceu, queimou. O entusiasmo foi tanto que forcei demasiado o sistema de som, e a partir daí fiquei com a noção que o equipamento tem sempre razão!

 

Quando saía à noite ou ao domingo, para as matinés, ficava sempre ao lado da cabine do DJ, sempre!!! Ficava fascinado com todo o trabalho e dedicação que é posto na pista de dança.
Festas da escola, de garagem, lá estava eu, sempre na cabine! Não digo que nasci para ser DJ, mas descobri que o queria ser, que queria sentir a adrenalina de ver as pessoas a dançar à minha frente, com a minha selecção musical.
Quando tive a minha primeira oportunidade para pôr música num bar nocturno, aproveitei ao máximo, ainda que sem o aval dos meus pais por inteiro, lá fui eu.
Ao entrar na cabine, vi tantos discos, tanta música, senti uma responsabilidade enorme!

 

Depois, fui aprendendo a ser mesmo um DJ e a trabalhar realmente com a música, os gira-discos, a mesa de mistura, as luzes. A sentir a energia do meu local de trabalho, na cabine, sentir  e ler o público, ver os sorrisos  na cara das pessoas, as emoções que conseguimos criar com cada tema que sai do sistema de som, sentir que tudo isto parte de mim… é fascinante!
Aprendi também que, para que tudo aquilo seja possível, existe um trabalho de equipa, um trabalho prévio de preparação, pesquisa e elaboração de condições para que as pessoas sintam predisposição para se divertirem.

 

DJ para casamentos no Porto: DJ Nuno Rodrigues DJ para casamentos no Porto: DJ Nuno Rodrigues DJ para casamentos no Porto: DJ Nuno Rodrigues

Animação noturna e casamentos –  sendo a música um assunto transversal, esta é uma ligação natural e inevitável?

O percurso da minha carreira como DJj, foi normal. Foi evoluindo, passei por vários espaços de diversão nocturna e eventos ao ar livre. Sempre gostei de ser residente e criar laços com os clientes, trabalhei numa rádio local, tinha parceria com algumas editoras de música para fazer distribuição de música promocional aqui no Norte, em bares e discotecas, recebia música nova em primeira mão.

 

Os casamentos vieram por mero acaso. No meu primeiro casamento, trabalhei com música em vinil, estávamos numa altura em que apareceram os CD e a transição de um formato para o outro não era fácil porque não existiam aparelhos onde conseguíssemos fazer misturas com a mesma facilidade.
Foi uma experiência diferente porque a música ao vivo era predominante naqueles tempos, e os convidados achavam estranho estar ali um tipo a passar música, não a cantar.

Inicialmente não gostava de pôr música em casamentos, nessa altura, o DJ não era bem visto neste tipo de eventos, e não era compatível com as discotecas e bares onde eu estava residente. Inevitavelmente, os convites começaram a surgir porque começou a ser diferente e a estar na moda ter um DJ num casamento, e o nosso trabalho foi valorizado por ser mais abrangente e versátil.
Comecei a ganhar gosto e a arranjar forma de conciliar casamentos com bares e discotecas. Estive ligado a duas empresas de animação durante muito tempo, mas deixei de me enquadrar no conceito e optei por entrar no mercado sozinho, criando a minha imagem, conceito e postura.

 

O que ouve quando não está a trabalhar? Separa lazer e profissão?

A necessidade da procura de novidades e novos estilos é uma constante, mesmo em lazer. Estou sempre atento à música, seja no rádio do carro, em bares ou em casa. Com as novas tecnologias, torna-se tudo mais fácil, mas existem aqueles dias em que é preciso desligar para fazer um refresh. Aí, desligo completamente e não ouço nada.

A música é, para mim, um vício, gosto de estar no meu estúdio, em casa, a ouvir os discos da minha colecção, os CD que guardo com carinho, às vezes dou por mim e estou horas e horas a mexer nos discos. Ainda compro vinil daqueles temas e bandas de que gosto.

 

DJ para casamentos no Porto: DJ Nuno Rodrigues DJ para casamentos no Porto: DJ Nuno Rodrigues DJ para casamentos no Porto: DJ Nuno Rodrigues

Gosta dançar ou prefere ouvir? Como se mantém actualizado?

Estou sempre actualizado com os temas actuais e os intemporais, e, estando no activo nocturno, leva-me a estar mais atento ainda, por isso tenho várias formas de o fazer. O formato digital é um grande facilitador.

Não sou muito de dançar, embora me divirta em trabalho, prefiro fazer as pessoas dançar, torna-se mais divertido. Mesmo quando saio com amigos, fico atento à música, mas divirto-me na mesma forma.

 

Trabalha com clientes corporativos e com clientes particulares: no dance floor somos todos iguais ou a vibe da festa é muito diferente?

Actualmente trabalho em vários segmentos do mercado: eventos corporativos, sociais, particulares e públicos. Na pista de dança não importa o tipo de festa, desde que as condições sejam boas, as pessoas libertam-se e divertem-se.
Num casamento, o ambiente é mais intimista, familiar, dois factores importantes para a pista de dança e, o que me fascina neste tipo de eventos, é que conhecemos pessoas e espaços diferentes, nunca é a mesma coisa.

 

O que faz uma grande noite (ou pista de dança)?

Uma grande noite faz-se com bom ambiente, boas condições para que pessoas estejam predispostas para a festa. A música faz o resto.

 

DJ para casamentos no Porto: DJ Nuno Rodrigues DJ para casamentos no Porto: DJ Nuno Rodrigues DJ para casamentos no Porto: DJ Nuno Rodrigues

Qual é o seu processo de trabalho, como acontece a ligação aos vossos clientes?

Cada evento é um desafio, tornando-se gratificante porque criamos ligações e emoções a fazer as pessoas felizes e é assim que chego a novos clientes. 90% dos novos clientes chegam até a mim porque gostaram daquela festa, da minha postura, do meu conceito. Isto é a melhor publicidade!

 

Como cria a playlist para o seu cliente? É tudo trabalho prévio ou há espaço de improviso, um pesa mais do que outro?

Cada festa é uma festa, e são todas diferentes. Não tenho uma playlist para tudo, é um processo feito em tempo real e de improviso, respeitando os gostos e objectivos dos clientes. Existe sempre, também, um trabalho prévio de preparação para cada evento, e pesa significativamente, de outra maneira não fazia sentido.

 

Se voltasse a casar, com que música abria a pista?

Nat King Cole, L.O.V.E. Sempre me identifiquei com este tema e estilo musical, tem tudo haver com o momento.

 

Para fechar, qual é a música a que regressa sempre?

É um tema a que volto sempre e tem tudo relacionado com festa, amigos, dança e o quanto a vida é bela com música: Lionel Richie, All night long.

 

 

Contactem o Nuno Rodrigues, através da sua ficha de fornecedor. Espreitem as galerias e entrem em contacto, directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem e, na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

Susana Pinto

À conversa com Something Borrowed – wedding planning

Hoje conversamos com a Teresa Perdigão, da Something Borrowed – wedding planning.

 

Conhecemo-nos há muitos anos, e a palavra, no léxico profissional, que melhor define a Teresa, é rigor. Rigor na forma como se apresenta, na forma como faz o seu trabalho, na forma como dirige a sua Something Borrowed. E este rigor não é áspero nem autoritário, é verdadeiramente um soft power que alinha vontades, tarefas e visões na celebração única e singular do mais bonito dos dias!

 

Fiquem também vocês a conhecer a Teresa Perdigão e a Something Borrowed.

Acho que podemos dizer que quase começamos pelo final: inspira-nos perceber como querem sentir-se no dia do seu casamento e o que querem que sintam as pessoas que o vão celebrar com eles.

Contem-nos como começou esta aventura de wedding planning:

Há anos que me entretinha a folhear revistas de casamentos, eram uma compra quase obrigatória em todas as viagens e a vontade de fazer coisas um pouco diferentes do que na altura se fazia por cá foi crescendo… As ideias foram ficando arrumadas e nasceu a Something Borrowed!

 

Organizar um casamento é coordenar tarefas e um orçamento, mas também também gerir emoções e expectativas. Um destes lados pesa mais ou no meio está a virtude?

Bom, a pergunta não é fácil… Penso que os noivos contam muito connosco para mantermos o orçamento dentro daquilo que lhes é confortável e temos um cuidado acrescido por sabermos que é muito fácil ir somando detalhes que acabam por pesar. No entanto, uma das primeiras coisas que sublinhamos é a importância de estabelecer prioridades e isso faz-se tendo em atenção a parte mais emocional e aquilo que cada casal idealizou e espera neste dia. Por isso, sim, talvez a virtude esteja mesmo em conseguir este equilíbrio de reduzir custos em detalhes que o casal valorize menos e que não interfiram com a experiência deles no dia, para podermos dar ênfase ao que é para eles, realmente importante.

 

Organizacao de casamentos em Lisboa - Something Borrowed-rganização de casamentos, com Something Borrowed Organizacao de casamentos em Lisboa - Something Borrowed-rganização de casamentos, com Something Borrowed Organizacao de casamentos em Lisboa - Something Borrowed-rganização de casamentos, com Something BorrowedTêm uma perspectiva perfeccionista sobre o resultado ou é o prazer de acompanhar o processo que é o factor dominante?

Costumo alertar os nossos noivos para a pequena obsessiva-compulsiva que há em mim, que adora os detalhes, as cores com os tons certos e as velas direitas nos castiçais. Mas, mais do que o gozo maior de ver cada uma das peças do puzzle que sonhámos com os nossos noivos durante todo o planeamento encaixar-se na perfeição, adoramos a relação que nasce com cada casal durante o tempo em que trabalhamos juntos.

Adoramos poder acompanhar de perto um pouco das histórias que ajudamos a contar… e anos depois continuar a receber os postais de Natal e as fotografias de família, é muito especial!

 

Têm uma assinatura visível no vosso trabalho, um estilo próprio e favorito, ou o é a voz do cliente que define a totalidade do resultado?

Um pouco dos dois…. Oferecemos um serviço totalmente made-to-measure e, desde o primeiro contacto, o nosso foco são as ideias ou a visão dos noivos para o seu dia. No entanto, é claro que damos dicas, sugestões, ideias e aí sim, vem ao de cima um pouco de nós e da qualidade que achamos fundamental.

Queremos que seja essa a nossa assinatura!

 

As tendências da estação… são um assunto de trabalho ou apenas fait-divers?

Estamos atentas, claro. Mas não são um assunto de trabalho, pelo menos não de forma consciente.

É natural que inspirem os nossos noivos quando começam a desenhar o seu dia e que acabem por entrar nos nossos planos. No entanto, o divertido de planear um casamento que não tem que seguir regras muito apertadas, é podermos mesmo sugerir o que sabemos que vai fazer mais sentido para aquele casal em particular.

 

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Ainda há alguma resistência à figura do wedding planner, que é vista mais como um custo adicional do que um genuíno valor acrescentado. Quais são as claras vantagens em contratar-vos?

Conseguimos entender a dificuldade em dar este passo de contratar um wedding planner no contexto de tantos gastos e de um orçamento já de si difícil de gerir. Se juntarmos a isso o facto de o nosso trabalho não ser palpável ou mesmo fácil de medir, é claro que surgirão dúvidas sobre este investimento adicional.

E este tem sido talvez o maior desafio: o de mostrar que investir num bom profissional desde o início (e a palavra “profissional” não foi um acaso), é o que faz que que possamos chamar-lhe um “investimento” e não um “custo”.

O wedding planner é responsável por todo um trabalho prévio de pesquisa das equipas que melhor se integram no resultado final que procuramos, da verificação dos valores em relação ao restante mercado, de avaliação dos prós e contras, de preparação dos “ses” e dos planos A, B e C. Tudo isto faz com que os casais possam tomar decisões e fazer as suas escolhas de forma informada, o que rapidamente passa a representar um retorno real do investimento feito na nossa equipa.

Outra questão para nós fundamental, foi a optarmos por trabalhar de uma forma clara e descomplicada: cobramos um valor pelos nossos serviços e partilhamos com os nossos casais os valores de cada parceiro sem comissões nem markups. Sabemos que cada casal valoriza de forma diferente os diferentes momentos de um casamento, sabemos ser fundamental que estabeleçam prioridades em função disso. De que outra podem fazer opções, se não souberem exactamente o valor de cada escolha?

E last but not least… Penso que nos munimos de boas ferramentas que não só facilitam o nosso trabalho, mas também tornam a experiência dos nossos casais diferente! Trabalhamos com uma plataforma online muito completa e isso permite-nos gerir com uma enorme proximidade os eventos que organizamos, junto das pessoas que lhes dão sentido.

 

Como é o vosso processo de trabalho, como criam uma ligação aos vossos clientes?

Começamos por agendar uma chamada telefónica ou por Skype, porque sem entendermos um pouco quem são as pessoas que estão por trás de um e-mail, dificilmente poderemos perceber o que procuram e se somos as pessoas mais indicadas para os ajudar a planear um dia que achamos importante ser feito por medida.

A partir daqui, se nos encontramos para um café ou continuamos a namorar virtualmente, vai depender um pouco de onde estão os nossos casais, mas o plano constrói-se da mesma forma, e o primeiro passo é juntarmos as imagens soltas que os noivos trazem consigo, falarmos das suas ideias e desenharmos juntos o primeiro esboço do seu dia.

Esta fase inicial é, sem dúvida, importante na criação da ligação que nos vai permitir trabalharmos em equipa com os casais que embarcam connosco nesta aventura. Mas a verdade é que continuamos a estreitar essa ligação ao longo de todo o planeamento, nos avanços e recuos normais de um processo como este. Unimo-nos nos receios que os noivos partilham connosco fora de horas e nos sucessos que vamos acompanhando e vivendo com eles, unimo-nos nas histórias da família que vamos conhecendo e nos projectos que os vemos construir. E é uma das partes de que mais gosto, naquilo que faço.

 

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Onde buscam inspiração para cada nova temporada de trabalho?

Passamos horas online, não vou mentir. E, claro, acompanhamos de perto o trabalho de tantos profissionais de excelência espalhados pelo mundo, magicamos ideias, discutimos formatos e delineamos prós e contras.

Inspiramo-nos sobretudo nos nossos noivos, nas suas histórias, no que os une e no pormenor que vai dar um pouco mais de cada um deles aos familiares e amigos com quem escolheram partilhar um dia tão especial…

Acho que podemos dizer que quase começamos pelo final: inspira-nos perceber como querem sentir-se no dia do seu casamento e o que querem que sintam as pessoas que o vão celebrar com eles.

 

E nos momentos de fadiga criativa, como refrescam a mente e o olhar?

Fazemos pausas abruptas. Podem ser umas férias totalmente offline ou um fim-de-semana – quase sempre gastronómico, com família e amigos. A pausa obriga-nos a interromper aquele ciclo de ideias e faz-nos voltar com outra energia.

 

Qual é a melhor parte de organizar um casamento? E o mais desafiante e difícil?

Responder à melhor parte de organizar um casamento sem soar cliché não vai ser simples mas, vamos a isto: o que nos deixa realmente realizadas, não são tanto os dias sem percalços – porque vai sempre acontecer qualquer coisa, mesmo que pequena -, mas sim os dias que correm de acordo com o plano, com leveza, os momentos que fogem do plano com graça, os convidados que fazem a festa – e acreditem que fazem tanta, mas, tanta diferença, e os noivos que se deixam ir e que gozam verdadeiramente o dia que passaram tanto tempo a planear! São dias longos e chegamos ao final da noite exaustas, mas tão felizes!

Não diria difícil, mas o mais desafiante é, sem dúvida, a envolvente emocional.

Quando planeamos um casamento, fazêmo-lo com duas pessoas e com tudo o que essas duas pessoas trazem consigo. Mas fazêmo-lo, também, com as suas famílias e os seus amigos, com as expectativas e os gostos de cada um. E voltando um pouco ao que falámos antes: fazer com que noivos e convidados sintam e vivam o que anteciparam que gostariam de sentir nesse dia, é, sem dúvida, o nosso maior desafio.

 

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Qual foi o casamento em que mais gostaram de trabalhar? Porquê?

Nestes nove anos acho que já gostámos de tantos, e por tantos motivos diferentes, que seria difícil eleger apenas um… Adorámos alguns pelas histórias únicas que uniram aqueles casais, outros pelas relações que criámos com amigos e família dos noivos ao longo do processo. Adorámos os casamentos pequenos e aqueles das famílias enormes, os casamentos calmos e aqueles em que a festa arranca logo no cocktail… A verdade é que gostamos mesmo muito do que fazemos!

 

Escolham uma imagem favorita do vosso portefolio e contem-nos porquê:

A Sara e o Mauro foram um casal muito especial, desde o primeiro dia. Havia qualquer coisa no amor dos dois que era contagiante. Lembro-me de começarem a dançar juntos numa das visitas que fizemos ao espaço, enquanto decidíamos onde faria mais sentido termos a pista de dança. E momentos desses surgiram tantas vezes e com tanta naturalidade que, já quase sem dar por isso, deixávamo-nos ficar uns passos para trás a admirar aquela ligação tão única.

Esta fotografia do final da cerimónia deles, é um reflexo dessa cumplicidade, da descontracção de ambos enquanto o vento quase desfaz um penteado que demorou horas a preparar, da felicidade que sabemos que estavam a sentir, e do quanto isso nos faz felizes no que mais gostamos de fazer.

 

Something Borrowed Organização de Casamentos

Something Borrowed Organização de Casamentos

Passem pela refrescada ficha de fornecedor da Something Borrowed, espreitem o portefólio e entrem em contacto com a Teresa Perdigão, através do formulário, que vos vai ajudar a navegar estes tempos e a pensar no mais bonito casamento de outono ou inverno!

Susana Pinto

À conversa com: O Lugar Eventos e coisas mais

Hoje conversamos com a dupla de irmãs, Rita e Maria João Novo, que estão à frente de o Lugar Eventos e Coisas Mais. Este espaço está instalado na mítica Casa Grande de Fontão, em Ponte de Lima, em pleno coração minhoto, e é mesmo um lugar muito, muito especial!

 

Conversamos sobre o caminho que as levou até aqui e os sonhos que têm para concretizar os sonhos dos seus noivos. O seu trabalho é delicado, romântico e subtil. Apenas as coisas certas, no lugar certo.

Haverá nome mais auspicioso e perfeito!

Gostamos de receber as pessoas na “nossa” Casa, de trocar impressões, de saber que os nossos clientes percebem que colocamos muito de nós no nosso trabalho. E de perceber também o que os motiva. A verdade é que quem aqui chega sente empatia por este conceito e por este espaço. Daí em diante o processo flui naturalmente.

Queremos principalmente que as pessoas se sintam felizes com as suas escolhas.

Contem-nos um bocadinho do vosso percurso, como vieram parar ao universo dos casamentos?

Antes de iniciarmos esta aventura, trabalhávamos na área do design de interiores e do design gráfico. Demos por nós a acompanhar trabalhos bonitos deste universo, a perdermo-nos no design aplicado aos eventos e a trocarmos muitas impressões sobre isso. De repente, surgiu o primeiro evento e a vontade de continuar. E tem sido assim de há seis anos para cá, sempre com mais vontade de crescer, evoluir e, principalmente, de criar lembranças bonitas. No final do ano passado chegamos a este Lugar. E é verdade quando se diz que sabemos sempre quando chegamos ao nosso lugar…!

 

Espaço para casamentos em Ponte de Lima - Lugar Eventos e Coisas Mais

Espaço para casamentos em Ponte de Lima - Lugar Eventos e Coisas Mais Espaço para casamentos em Ponte de Lima - Lugar Eventos e Coisas Mais

A imagem de marca de o Lugar é, na minha opinião, um estilo contemporâneo e romântico. Concordam com esta definição?

Sim, sem dúvida. A traça do edifício e do espaço envolvente conferem a este Lugar carisma – é quase cinematográfico – cheio de cantos e recantos que personificam o amor. É romântico e simultaneamente tradicional. Um regresso às origens, ao Minho, à terra… Esta envolvente tem um peso muito grande no que por cá acontece em termos decorativos. Aliado a isso, estamos constantemente a pesquisar, a avaliar e a admirar as correntes de decoração que vão surgindo e, por isso mesmo, é inevitavelmente contemporâneo.

 

Esta assinatura faz parte do ADN do espaço, ou é algo que escolheram como tendência e tema para este ano? Porquê?

Sentimos, isso sim, que o espaço tem um ADN muito próprio e que se impõe duma forma boa e serena a muito do que se faz por aqui. Falando de tendências e da sua localização no tempo… há, na nossa opinião, todo um processo que vai sendo trabalhado, ele próprio evoluindo. Uma tendência de decoração pode ser agora uma coisa e daqui a pouco ter nuances que antes não se vislumbravam. É uma descoberta, uma evolução, uma adaptação e por isso é, para nós, difícil situá-la num ano ou numa “estação” de casamentos.

 

Espaço para casamentos em Ponte de Lima - Lugar Eventos e Coisas Mais Espaço para casamentos em Ponte de Lima - Lugar Eventos e Coisas Mais Espaço para casamentos em Ponte de Lima - Lugar Eventos e Coisas Mais

 As tendências da estação… são um assunto de trabalho ou apenas fait-divers?

Sem dúvida um assunto de trabalho. Mas consideramos que a apropriação das ditas tendências não deve ser de leitura literal e imediata.

 

Ter o controle das decisões é importante? Têm uma perspectiva perfeccionista e específica sobre o resultado e a forma como querem que o vosso espaço e trabalho sejam mostrados e vividos, ou é o prazer discutir ideias, de criar e acompanhar o processo, que vos interessa mais na relação com cada projecto, cada cliente?

Queremos sempre que o que fazemos tenha uma identidade. Sabemos que quem nos procura se identifica com o lugar que somos e o trabalho que desenvolvemos. Há, contudo, espaço para ouvir e criar sinergias com os noivos porque cada um deles é único e porque é esse o maior desafio: criar um evento com a nossa marca mas que fique para sempre marcado no coração de quem celebrou este dia connosco.

 

Onde buscam inspiração para cada nova temporada de trabalho?

A componente estética de tudo que vemos é algo que nos comove: uma imagem bonita, um edifício harmonioso, uma sombra que se projecta numa parede ao entardecer… são por si só motivo para nos sentirmos inspiradas.

E depois a observação de trabalhos desenvolvidos, há imensas coisas bonitas a acontecer no mundo, e sorte a nossa que vivemos num tempo onde conseguimos apreciar e aplaudir tudo de bom que vai surgindo quase em tempo real.

 

Espaço para casamentos em Ponte de Lima - Lugar Eventos e Coisas Mais Espaço para casamentos em Ponte de Lima - Lugar Eventos e Coisas Mais

E nos momentos de fadiga criativa, como refrescam a mente e o olhar?

Distanciamo-nos. Percebemos o que nos está a bloquear o processo criativo. E permitimo-nos inspirar.

 

Como é o vosso processo de trabalho, como criam uma ligação aos vossos clientes?

Gostamos de receber as pessoas na “nossa” Casa, de trocar impressões, de saber que os nossos clientes percebem que colocamos muito de nós no nosso trabalho. E de perceber também o que os motiva. A verdade é que quem aqui chega sente empatia por este conceito e por este espaço. Daí em diante o processo flui naturalmente.

Queremos principalmente que as pessoas se sintam felizes com as suas escolhas.

 

Qual é a melhor parte de receber e decorar um casamento? E o mais desafiante e difícil?

O maior desafio é criarmos algo que, à nossa imagem, seja o que os clientes sempre sonharam. O que nos move é criar memórias felizes: só uma recordação e o sentimento que daí advém é eterno.

 

Espaço para casamentos em Ponte de Lima - Lugar Eventos e Coisas Mais

Espaço para casamentos em Ponte de Lima - Lugar Eventos e Coisas Mais Espaço para casamentos em Ponte de Lima - Lugar Eventos e Coisas Mais

Qual foi o casamento em que mais gostaram de trabalhar? Porquê?

Pode parecer um “lugar-comum” mas é impossível escolher um casamento. Todos são especiais. Todos nos tocam de uma forma única e irrepetível.

 

Escolham uma imagem favorita do seu portefólio e contem-nos porquê:

Somos apaixonadas pelos detalhes e para nós esta imagem mostra um pouco do que este Lugar é. De resto, as portas estão sempre abertas para vos receber, para que o possam sentir e para que possam fazer parte dele.

 

Lugar Eventos - espaço para casamentos em Ponte de Lima

 

Susana Pinto

À conversa com: Sílvia Pontes – encadernação personalizada

Hoje conversamos com a doce Sílvia Pontes, que cria, manualmente, bonitos livros de honra, álbuns fotográficos e outras espécies de guardiões de memórias.

 

Eu e a Sílvia conhecemo-nos há mais de dez anos (pelo menos!), através de uma cliente comum. Eu fiz-lhe os convites, a Sílvia, o livro de honra. Na altura, para que o trabalho ficasse perfeito e a pedido da nossa noiva, pusemo-nos em contacto. Eu enviei-lhe a ilustração do convite e mais algumas indicações sobre a fonte e as cores usadas, e a Sílvia criou de raiz um livro de honra lindo, incorporando esses elementos no seu trabalho. A cliente ficou deliciada.

 

Criámos uma ligação imediata: partilhamos uma ética de trabalho e forma de estar, temos cabeças parecidas e um imenso respeito e admiração pelo trabalho de cada uma. Ver o caminho feito e os passos certeiros, tanto em termos de gestão de negócio como no design de novos produtos e linhas, tem sido muito entusiasmante, e é um prazer imenso receber a Sílvia no nosso showcase anual: é garantido que trará peças novas incrivelmente bonitas e que fez o seu trabalho de casa de forma muito profissional, com muitos visitantes à espera para conversar, marcar reuniões e ver de perto o seu trabalho único.

 

O tempo é sempre pouco para pormos a conversa em dia: quando vou de visita a Guimarães, ao seu atelier, é como se entrasse num mundo mágico. Sob a luz bonita que entra pelas janelas, no meio das aparas de papel, há um gato felpudo que dorme numa das longas mesas de trabalho. Puxo de uma cadeira e a Sílvia mostra-me o que planeou para vocês este ano, os novos formatos, os texteis e papeis, as cores. Tudo sempre incrivelmente bem feito, pronto a receber as mais bonitas memórias.

 

Álbuns fotográficos personalizados por Sílvia POntes - Encadernação Personalizada

Experimentaste várias áreas antes de chegar ao que fazes hoje. De onde vem esta tua paixão pela manufactura e detalhe?

Experienciei muitas coisas, mas nenhuma em contacto directo com esta área. Surgiu do somatório de percurso, venho de uma linhagem de artesãos, do saber fazer e isso dá-nos vantagem.

Passei grande parte da infância com a minha avó, uma excelente costureira. Aprendi a paciência e a perícia. Marcar os tecidos, cortar pelas linhas de contorno, depois cosê-los à mão, leva tempo… Eu ficava com as “xitinhas”, as sobras da obra dos clientes que aproveitava para fazer os vestidos das minhas bonecas.

A primeira aventura séria aconteceu por volta dos 11 anos, quando entrei para o Conservatório de Piano. Trabalhei a sensibilidade, delicadeza e dureza dos dedos e mãos, como assim o próprio piano o exige.

Como gostava muito de desenho livre e era criativa, aos 17, os meus pais incentivaram a inscrever-me na Escola Profissional Academia de Moda – Artes e Técnicas, do Porto. Muita da bagagem que uso hoje é resultado dessa experiência. Ainda não existiam computadores nas escolas, todas as ilustrações, planificações, portefólios eram feitos manualmente, muitas vezes com recortes, colagens e letras de decalque. Não tinha acesso a grandes formatos de materiais para fazer as capas de dossiers, portanto o desafio colocava-me à prova.

Mais tarde fiz formação em desenho técnico e tive oportunidade de viver o dia-a-dia em gabinetes de arquitectura. Desenvolvi o rigor, a perfeição.
Depois de saltear várias experiências, senti que seria mais feliz se fosse dona do meu próprio tempo, juntei todos os ingredientes que tinha até então e segui em frente, sem medo. Tudo que sei e disponibilizo hoje como serviço, aprendi-o com o apoio de livros e muitas horas com as mãos na massa. O álbum de casamento dos meus pais serviu de cobaia e foi desfeito para analisar o processo. Há uns tempos, comprometi-me e ofereci-lhes um novo e a dívida foi saldada!

 

Álbuns fotográficos personalizados por Sílvia POntes - Encadernação Personalizada Álbuns fotográficos personalizados por Sílvia POntes - Encadernação Personalizada

O teu trabalho é, essencialmente manual. Como é que esse compasso lento convive com a velocidade e imediatismo do mundo digital? Um serve o outro ou chocam de frente?

Assim como o próprio trabalho, educar o público nesse sentido levou tempo. Remei contra a maré muitas vezes e ainda não é tudo um mar de rosas, mas felizmente existem seres humanos que se identificam com esta forma de estar e de fazer. São clientes com gostos específicos que valorizam a qualidade, a essência e a forma tradicional como ainda se fazem estas coisas nos dias de hoje. Cada pormenor tem um traço pessoal e isso torna as peças únicas e especiais para quem idealizou cada detalhe por medida. O processo é lento e aprimorado e, para essas pessoas, são objectos como pedras preciosas. Para mim, é um prazer servir esses desejos.

Hoje, em geral sinto que existe  respeito e um grande carinho para comigo. É um público simpático, compreensível e aguarda pacientemente. É bom sentir que temos esta liberdade para dar mais e melhor.

 

As tendências – como a cor Pantone do ano, por exemplo – têm influência no teu trabalho ou a sua existência é intemporal e exclusiva da tua cabeça?

Às vezes influencia, mas damos a volta da melhor forma que nos é possível. Como se utilizam bastante fitas de cetim, tentamos encontrar a tonalidade mais aproximada para que se inclua um pormenor e é o suficiente. Às vezes imprimimos as guardas dos livros e dos álbuns, e aí utilizamos o pantone desejado. Noutras situações, as cores dos tecidos são intemporais e então é fácil ultrapassar as tendências.

 

Conta-me como é o teu dia de trabalho…

Os bastidores são um autêntico jogo de cintura. Atender os pedidos que vão chegando e conciliar atendimento ao cliente,  criação, produção, timings de entrega, etc., exige uma logística complexa, mas não transparece para fora quanto realmente o é. Dedicação extrema e disciplina a todos os níveis para ter sucesso é o ponto chave, e isso é contínuo. Existem dias previsíveis e outros que nos pregam algumas surpresas e podem ser boas ou menos boas, mas fazem sempre parte do ofício e da evolução. Diariamente tenta-se ao máximo seguir todos os requisitos e garantir que cada encomenda vai ter o tempo dedicado que merece.

 

Álbuns fotográficos personalizados por Sílvia POntes - Encadernação Personalizada

De tudo o que fazes, de que é que gostas mais? E o que é mais desafiante e difícil?

Adoro quando tenho tempo extra (o que não tem sido fácil!) para pôr ideias em prática e fazer experiências com novos materiais. Adoro um bom desafio e quando há oportunidade de sair do padrão. Claro que nem todos os dias é possível ter bons desafios, porque sigo formatos de modo a simplificar ambas as partes (a maior fatia de encomendas surge à distância) e ter um bom fluxo de funcionamento, mas quando há essa possibilidade, abraço-a com grande prazer. Dá-nos orientação e combustível para continuar.

O mais difícil é conciliar tudo que já aprendemos, com toda a evolução e mudança constante a nível global. Acompanhar a informação, digerir e tentar melhorar a cada dia, se queremos manter-nos dentro da carruagem. Estar em equilíbrio com todas as adversidades que se cruzam connosco e ter a capacidade de nos ajustarmos constantemente.

 

Onde vais buscar inspiração?

A Internet é um universo ilimitado onde nos podemos mover livremente entre ideias, mas acima disso, sigo sempre a minha essência e tento ser fiel ao traço pessoal. Às vezes sai de forma espontânea. À parte da área profissional, sempre que possível, gosto de procurar e de me pôr a par de outras áreas para alargar horizontes e trazer outros ingredientes. Relaxar na natureza é também um fluir de ideias luminosas.

 

E nos momentos de fadiga criativa, como refrescas a mente e o olhar?

Quando acontece, a melhor forma de refrescar é fazer a mala, fechar a porta por uns dias e dar uma volta por lugares desconhecidos. Quanto mais longe melhor!
Em casos extremos, só me curo em contacto profundo com a natureza. Adoro pequenos refúgios onde me permito desligar de todo o ruído mental. É o melhor revigorante e energizante. Quando regresso, venho com ideias a fervilhar e volto a arregaçar mangas e a bulir.

 

Álbuns fotográficos personalizados por Sílvia POntes - Encadernação Personalizada Álbuns fotográficos personalizados por Sílvia POntes - Encadernação Personalizada

Estás instalada num hub criativo e o teu atelier é um espaço maravilhoso, à tua imagem. Essa mudança teve impacto no teu quotidiano de trabalho, nos teus produtos e serviços?

É um espaço magnífico! A luz natural e a paz que se sente é incrível e são factores cruciais para o workflow de qualquer criativo. Há liberdade de movimentos e espaço para crescer. Deu-me impulso, mais visibilidade e transmite uma imagem profissional e mais credibilidade.

 

Os teus álbuns guardam de modo físico as memorias do mais bonito dos dias, atravessarão gerações. Pensas nisso alguma vez?

Muitas vezes.

Há alegria e amor nessas memórias. Tudo passa pelas minhas mãos e é algo que se sente ser especial para aquelas pessoas, mesmo à distância. É o meu contributo para tornar o momento ainda mais feliz e isso dá um grande alento.

 

Como guardas as tuas fotografias? Confirma-se o ditado, “em casa de ferreiro, espeto de pau”?

Bela pergunta! Acho que conseguem adivinhar a resposta. Não sou diferente do que diz o ditado, mas estou a tentar fazer progressos!

 

O trabalho impecável da Sílvia Pontes – encadernação personalizada pode ser visto com detalhe na galeria da sua ficha de fornecedor. Para além das imagens bonitas, podem contactá-la directamente, através do nosso formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão resposta atenciosa da Sílvia Pontes.

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