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Susana Pinto

Dicas para casar: o protocolo no dia do casamento

Nas dicas para casar da semana passada, falámos sobre a comunicação e algum protocolo do casamento, desde o sim à pergunta mais esperada, até ao regresso da lua-de-mel.

 

Hoje falamos mais em detalhe sobre o protocolo ou estrutura do dia mais bonito. Faço esta ressalva óbvia – isto é a norma, que vos ajuda a perceber a sequência e forma como as coisas acontecem – como se fosse o alfabeto. A partir desta estrutura, podem fazer a vossa própria interpretação e decidir livremente como querem que o vosso dia flua. Mas nunca se esqueçam que uma boa comunicação entre todos os intervenientes – família e amigos próximos envolvidos nos vários passos do evento, convidados em geral e fornecedores – é uma das garantias para um dia perfeito!

 

A palavra protocolo vem sempre carregada de peso e formalidade, mas apenas significa um conjunto de regras que regulam uma situação formal e pouco habitual. Podem ser mais rígidas e complexas, ou ligeiras e mais leves; no fundo, a forma como encararem todo processo é que definirá a fluidez dos procedimentos.

No caso do dia do casamento, quase podemos trocar o termo por simples boa educação e maneiras: saber a quem dar o braço, sentar quem e onde, quem vai com quem, são questões que chamamos de protocolares, mas facilmente resolvíveis com uma boa dose de bom senso.

No fundo, a regra é apenas esta: atravessarem o dia vestindo a pele de genuínos anfitriões: atentos, com boas maneiras, acessíveis e gentis. Juntem uma generosa pitada de bom senso, fará de vocês o par mais bonito e simpático do mundo!

 

Antes de mais, aconselhamos a leitura atenta do nosso artigo sobre a gestão das redes sociais no dia do casamento: são cinco regras apenas, que evitarão mal-entendidos e desconfortos desnecessários.
Imaginemos, agora, que estamos todos à porta da igreja.

Postas as regras em prática, o noivo entra com a mãe; na sua ausência, pode fazer-se acompanhar da madrinha de baptismo, da irmã, ou de uma amiga de família muito especial.

A noiva entra pelo braço do pai e só depois do noivo, da família e dos convidados. Um atraso de dez a vinte minutos é aceitável, mais do que isso já é pouco simpático e pode ser considerado má educação.

As famílias de ambos ocupam os primeiros bancos dos dois lados, atrás sentam-se os convidados.

 

Finda a cerimónia, os noivos e padrinhos tratam das assinaturas, os convidados saem e aguardam-nos para a chuva de pétalas e arroz (atirados para cima, não aos noivos!).

 

No cocktail de recepção, os pais recebem os convidados, e os noivos, os últimos a chegar, devem tentar cumprimentar e agradecer a vinda dos familiares e convidados. Todas estas pessoas vão querer dar-vos um abraço e partilhar o amor, é o momento certo para vibrar e retribuir toda esta energia e felicidade palpáveis!

Terminado o cocktail, segue-se a refeição sentada: entram primeiro os pais, que dão indicação aos convidados, e em último os noivos, em entrada festiva e com banda sonora a preceito, ou de modo mais singelo e natural (o que for a vossa cara e feitio será a decisão certa!).

 

À mesa, os padrinhos sentam-se lado a lado dos noivos, seguidos dos pais.

Já na sala, distribuam os convidados, mantendo a regra menino+menina: junto da mesa principal deverão ficar as mesas dos familiares, com os membros das famílias bem distribuídos. Não criar separações, os meus e os teus, é de bom tom e ajuda a estreitar laços, terão pela frente muitos Natais, aniversários e almoços de domingo; quando todos se conhecem melhor, o ambiente é muito mais simpático e descontraído!

Podem equilibrar as mesas em termos de idades, é perfeitamente aceitável e até mais confortável para todos, para que as conversas entrem rapidamente em sintonia de assuntos e tom.

 

Casamento na Quinta do Hespanhol-fotografia de casamento Joao Makes Photos 

Se há pais separados e situações delicadas, tudo se resolve com diplomacia e doçura: na mesa dos noivos ficam os ditos e os padrinhos, e prepara-se uma mesa de pais, com sinalética especial, onde se sentam também os familiares mais queridos e os convidados de honra: se o pai da noiva está sem acompanhante, sentem-no junte aos pais do noivo, todos pertinho de vocês.

Não isolem os solteiros, distribuam-nos pelas mesas e misturem-nos com os casais: ao contrário do que imaginam, todos se sentem menos constrangidos!

Se há muitas crianças que já comem sozinhas, preparem uma mesa especial para elas e não dispensem ajuda profissional para as acompanhar – toda as partes agradecem, miudagem incluída.

Os menos jovens também merecem e precisam de atenção especial: mesas de fácil acesso, longe do barulho e de correntes de ar, em boa companhia e, se possível, também com um mimo especial.

 

Terminamos o protocolo com o plano com a distribuição, literal, dos lugares. Se possível, marquem cada lugar de modo individual, com o nome do conviva (e podem manter o seating plan na mesma, agiliza o processo). Um cartãozinho com o nome de cada um é muito simpático e ultrapassa qualquer constrangimento que surja (“mas como é que esta miúda gira se chama…?”, “este casal simpático, quem serão?”), é um modo muito mais elegante de criar boas relações à mesa.

 

Acima dos 200 convidados, ponderem um livrinho de distribuição de lugares: é o mesmo que o tradicional quadro com a lista de mesas e respectivos ocupantes, mas em forma de livrinho pequeno, colocado em local bem visível, com uma legenda explicativa. Um exemplar para cada dois convidados será mais do que suficiente e torna viável e agiliza a circulação e distribuição de tanta gente, de forma autónoma.

Não se pode exigir ao convidado que não dispa o casaco à mesa para comer (protocolo dixit!), mas podemos proporcionar-lhe a oportunidade de conhecer alguém interessante!

 

Casamento na Quinta do Hespanhol-fotografia de casamento Joao Makes Photos Casamento na Quinta do Hespanhol-fotografia de casamento Joao Makes Photos

Terminado o jantar, cortado o bolo e com a festa a rolar em modo rijo e farto, algumas pessoas começarão a partir. Fiquem atentos às despedidas e deleguem nos vossos pais a cortesia de acompanhá-las até à saída.

E pronto. Fechado que está o protocolo do dia, só vos resta gozar a festa até ao último instante e depois partir para a lua-de-mel dos vossos sonhos (de preferência depois de um dia de descanso!) Atenção que ainda vos falta completar o círculo com os agradecimentos finais- mas não se preocupem, explicamos tudo aqui.

 

As fotografias bonitas são do casamento da Joana + Hendrik, fotografados pelo talentoso João Makes Photos – não deixem de espreitar o seu portefólio bestial.

 

Acompanhem as nossas dicas para casar, sempre à segunda-feira. Queremos ajudar-vos a navegar a viagem até ao mais bonito dos dias, reunindo e partilhando bons conselhos, ideias frescas e muito sentido prático, real e experiente.

Susana Pinto

À conversa com: João makes photos, fotografia de casamento

Hoje a conversa é com o João Pedro Correia, que assina como João makes photos – fotografia de casamento.

Conhecemo-nos por acaso, como tantas vezes acontece neste universo digital: uma referência num site que linka para outro site e tropeço no site do João makes photos. E mais do que as imagens, prenderam-me as palavras com que se apresentava. Iniciámos a nossa conversa e após longo namoro por escrito – porque estas coisas têm o seu momento certo -, demos as boas-vindas ao João Pedro aqui no Simplesmente Branco.

Gosto de conversar com o João, mesmo que falemos pouco. Gosto de o ouvir, tem voz de rádio (foi profissional da Renascença), gosto de o ler e gosto muito do seu trabalho, que é, da mesma forma, claro, conciso, articulado, nítido. Tal como uma boa história deve ser contada.

 

Porque, especificamente nos casamentos, uma boa parte do que fazemos é isso: oferecer aos casais uma herança visual.

 

Conta-nos um pouco da tua viagem profissional até aqui, à fotografia de casamento.

Fui jornalista durante dez anos, nos quais a fotografia foi uma segunda profissão. Mas, na verdade, o que sempre fui foi fotógrafo: fiz-me jornalista porque queria ser fotojornalista. Só que algures nesse percurso também gostei de contar histórias pelas palavras, e a imprensa e a rádio meteram-se no meu caminho.

 

Há quanto tempo fotografas? E porquê casamentos?

Há onze anos, com especial enfoque nos casamentos há seis anos. Os casamentos chegaram como acho que acontece a muitos de nós: um amigo pediu-nos para fotografar o seu dia. E aí percebi que podia aliar à fotografia o meu interesse por contar histórias e envolver-me com pessoas, que é o que mais gosto nesta área da profissão: o contacto com os casais, e a abordagem à fotografia do seu casamento como uma experiência que lhes proporciono ao longo do tempo, desde a sessão de namorados, à reportagem do dia do casamento, ao trabalho final.

 

Casamento na Quinta do Hespanhol, com fotografia de João makes photos

Nestes tempos globais, em que as imagens circulam a uma velocidade vertiginosa e todos temos acesso a tudo, a qualquer hora, onde vais buscar inspiração?

Uso um conjunto de fontes para me inspirar. Primeiro, ver o que me rodeia com um novo olhar todos os dias — a vida é muito curta, e acredito que se nos sentirmos agradecidos pelo privilégio que é viver em paz, com condições de subsistência, e ainda por cima num país com muita luz e um oceano a duas horas de distância, essa abordagem transforma o mais horrível dos cenários num mundo de novas perspectivas.

De seguida, através de um consumo disciplinado. Explico: adoro ver o trabalho de todos os meus colegas fotógrafos, e a Internet é essencial para os acompanhar. Mas as verdadeiras fontes de inspiração, para mim, estão na “fotografia de velocidade lenta”, isto é, nos livros. Consumo livros com fotografias e sobre fotografias e fotógrafos. Faço o mesmo com pintura, design e arquitectura. Dir-me-ás: mas de que formas usas essas referências quando fotografas um casamento? Poderei não as usar, mas educo-me para ter referências mais diversas, que estimulam a capacidade de abstracção.

Por fim, procuro inspirar-me no que é diferente do que vejo todos os dias, e para isso viajo. Não preciso de ir ao Índico ou ao Pacífico, posso muito bem ir a Trás-os-Montes ou ao Alentejo, caminhar e falar com pessoas. O que quero dizer é que é preciso — e gosto muito de — sair regularmente do local onde passamos a maioria do tempo, e mudar de ares. Acho que ninguém discorda disto.

 

Como construíste essa tua assinatura, como a defines?

O JOÃOMAKESPHOTOS, o João que faz fotografias e conta histórias, é a junção destes dois indivíduos: o curioso que se fez jornalista, o documentarista que anseia registar momentos e ajudar a criar uma herança visual. Porque, especificamente nos casamentos, uma boa parte do que fazemos é isso: oferecer aos casais uma herança visual.

 

Quando precisas de fazer reset, para onde olhas, o que fazes?

Como disse anteriormente: olho para fora da minha bolha. E neste momento olho para Lisboa. É que após mais de uma década a viver no centro da cidade mudei-me para a outra margem do rio, e do local onde estou agora vejo o Tejo e as sete colinas por inteiro a todas as horas do dia. Estar fora do bulício onde vivi durante mais de uma década está a ser revigorante.

 

Casamento na Quinta do Hespanhol, com fotografia de João makes photos

De Lisboa para o mundo, ou Portugal de lés a lés: fotografar estrangeiros é diferente de fotografar casamentos nacionais?

É diferente porque há menos tempo para me relacionar com os casais, que é um aspecto essencial na minha abordagem à fotografia de casamento. Eu procuro não ser um mero prestador de serviço, eu quero estar envolvido na história do dia e para isso preciso de tempo para entrar nesse círculo. Com casais estrangeiros há menos tempo para conseguir fazê-lo. No restante, é absolutamente igual: fotografamos pessoas apaixonadas que juntaram num dia os amigos e a família mais próximos, com tudo o que isso traz de boas energias.

 

Para todos os que ficam, de facto, interessados em ter-me como o seu fotógrafo eu procuro de imediato que nos conheçamos e nos sentemos a conversar. Uma boa ligação entre o fotógrafo e o casal é essencial, e eu procuro conhecer e dar-me a conhecer.

 

Qual é o teu processo de trabalho, como acontece a ligação com os teus clientes?

A maioria dos meus casais encontram-me de duas formas: através da recomendação de clientes anteriores, ou através da Internet: sobretudo o Simplesmente Branco e as redes sociais.

Para todos os que ficam, de facto, interessados em ter-me como o seu fotógrafo eu procuro de imediato que nos conheçamos e nos sentemos a conversar. Uma boa ligação entre o fotógrafo e o casal é essencial, e eu procuro conhecer e dar-me a conhecer.

 

Casamentos grandes ou pequeninos, nacionais ou estrangeiros, cerimónias emotivas, festas de arromba – qual é o tipo de festa que mais gostas de fotografar?

Eu gosto de todos os tipos de festa. A minha perspectiva é simples: os casamentos são as pessoas, e se todos se permitirem expressar os seus sentimentos — dos noivos aos convidados, da família aos celebrantes — o dia será repleto de boas energias e de boas recordações. Nós, fotógrafos, só temos de conseguir envolver-nos e tornar-nos parte, e estar atentos para captar isso.

 

Qual é a melhor parte de ser um fotógrafo de casamento? E o mais desafiante e difícil?

É o privilégio de ser escolhido para registar momentos de intimidade, e para criar uma herança visual.

O mais desafiante é sempre o que está relacionado com as condições para fotografar: é um dia que passa a correr, com espaços e iluminações imprevisíveis, com a meteorologia que pode não colaborar, etc., e para tudo isso nós, fotógrafos, temos de encontrar soluções e conseguir, ainda, usar da nossa criatividade para, nos momentos que são mais do que documentais, criar imagens únicas para os nossos clientes.

 

Escolhe uma imagem favorita do teu portfolio e conta-nos porquê:

Uma das minhas imagens favoritas é uma fotografia que imediatamente após tê-la registado pensei “isto parece um momento Steve McCurry”. Explico: é uma fotografia vertical do conjunto de madrinhas a abraçar a noiva, escondendo-a no meio do turbilhão; os sapatos coloridos desarrumados na relva; estão todas de costas para mim; e uma brisa que soprou naquele momento. Essa fotografia assemelha-se a uma das minhas preferidas do Steve McCurry: a de um conjunto de meninas com vestes coloridas que, no meio de uma tempestade de areia, penso que na Índia, se abrigam juntado-se e abraçando-se. Foi pura coincidência, mas é uma imagem de que gosto muito, mais ainda pela comicidade que essa mesma comparação João/Steve McCurry suscita.

 

 

Os contactos detalhados do João makes photos, estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, cheia de imagens bonitas e contactem-no directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

As imagens que escolhi para acompanhar esta conversa com o João Pedro Correia, são do belo casamento da Joana + Hendrik, na Quinta do Hespanhol. Vão lá espreitar o resto!

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

Susana Pinto

Adiar o casamento – dicas do João makes Photos

Hoje voltamos a falar sobre este processo de adiar o casamento, que arquivamos junto com as nossas dicas para casar.

Apesar de parecer que estamos a andar para trás neste processo de planeamento, mas na realidade apenas alargámos o prazo deste caminho e incluímos algumas decisões novas que precisam de ser navegadas e tomadas.

O João Pedro Correia, que assina como João makes Photos e é um fotógrafo de casamento de mão cheia, decidiu, e muito bem, fazer a sua reflexão sobre este cenário que atravessamos, do ponto de vista da relação entre fornecedor e noivos.

 

Revemo-nos na íntegra neste texto que é claro, transparente e aponta caminhos para navegarmos isto juntos, numa fase de confusão e dúvida.

Partilho integralmente convosco, porque é nos bons conselhos e palavras sábias que nos devemos apoiar!

 

Esta é a minha reflexão enquanto fotógrafo para todos os casais que estão a pensar adiar o casamento devido à epidemia de Covid-19. Se puder contribuir para vos tranquilizar, e lembrar algumas opções que estão à vossa disposição, faço-o agora. Todos os meus clientes até final de Junho já tomaram as suas decisões, e em todos os casos encontrámos uma solução, inclusive por caminhos diferentes do que previa o contrato.

Comuniquem desde já com os vossos fornecedores, mesmo que ainda não tenham decidido o que fazer. E façam-no em simultâneo com todos os profissionais, sejam fotógrafos, espaços, ou audiovisuais, pois será muito importante agir de forma coordenada para evitar, por exemplo, contratar nova data com a quinta e descobrir depois que, entretanto, o fotógrafo ficou reservado.

 

Se ponderam passar o vosso casamento para 2021, sejam rápidos e sejam compreensivos: as datas mais procuradas, como os sábados de Maio e de Setembro, são rapidamente reservadas e podem até já estar ocupadas. Mas estou certo de que em coordenação com o vosso fotógrafo vão encontrar um desfecho que agrade a todos.

Equacionem realizar o casamento num dia útil. Bem sei que não haverá muitos feriados até ao final deste ano, mas pensem que com as transformações que o coronavírus está a impor-nos talvez não seja descabido fazer diferente, e confiar que os vossos amigos vão conseguir justificar no trabalho a ressaca do dia seguinte.

Se a data que escolheram, aquela de que vão ter de abdicar, tem simbolismo além do calendário (afinal, foi por vos dizer tanto que a marcaram), considerem um Elopment: uma cerimónia simbólica a dois, eventualmente com um amigo ou um celebrante, e o vosso fotógrafo, algures no meio do campo, numa montanha ou numa praia deserta — por enquanto as limitações ao abrigo do estado de emergência em Portugal ainda o permitem. E a festa, com a família e os amigos, far-se-á quando pudermos todos abraçar-nos de novo.

 

Só existe uma coisa mais stressante do que organizar um casamento: é adiá-lo. Sobretudo se a decisão nos é imposta por um surto epidémico de uma doença nova, e sob um estado de emergência nunca antes decretado no nosso país. Lembrem-se: estamos nisto juntos. Estamos todos um pouco assustados, vamos todos sofrer o impacto económico da recessão e da crise que vão seguir-se, e estamos todos preocupados com a saúde dos nossos. Vamos ultrapassar esta epidemia juntos, mesmo que, por agora, tenhamos de estar separados.

 

É isto. Calma, bom senso, muita comunicação e olho no caminho comum, de mãos dadas.

Os dias de sol voltarão e estaremos cá para todos os abraços apertados.

Susana Pinto

À conversa com: João makes photos, fotografia de casamento

Hoje a conversa boa é com o João Pedro Correia, que assina como João makes photos – fotografia de casamento.

Conhecemo-nos por acaso, como tantas vezes acontece neste universo digital: uma referência num site que linka para outro site e tropeço no site do João makes photos. E mais do que as imagens, prenderam-me as palavras com que se apresentava. Iniciámos a nossa conversa e após longo namoro por escrito – porque estas coisas têm o seu momento certo -, demos as boas-vindas ao João Pedro aqui no Simplesmente Branco.

Gosto de conversar com o João, mesmo que falemos pouco. Gosto de o ouvir, tem voz de rádio (foi profissional da Renascença) , gosto de o ler e gosto muito do seu trabalho, que é, da mesma forma, claro, conciso, articulado, nítido. Tal como uma boa história deve ser contada.

 

Porque, especificamente nos casamentos, uma boa parte do que fazemos é isso: oferecer aos casais uma herança visual.

 

Conta-nos um pouco da tua viagem profissional até aqui, à fotografia de casamento.

Fui jornalista durante 10 anos, nos quais a fotografia foi uma segunda profissão. Mas, na verdade, o que sempre fui foi fotógrafo: fiz-me jornalista porque queria ser fotojornalista. Só que algures nesse percurso também gostei de contar histórias pelas palavras, e a imprensa e a rádio meteram-se no meu caminho.

 

Há quanto tempo fotografas? E porquê casamentos?

Há 10 anos, com especial enfoque nos casamentos há 5 anos. Os casamentos chegaram como acho que acontece a muitos de nós: um amigo pediu-nos para fotografar o seu dia. E aí percebi que podia aliar à fotografia o meu interesse por contar histórias e envolver-me com pessoas, que é o que mais gosto nesta área da profissão: o contacto com os casais, e a abordagem à fotografia do seu casamento como uma experiência que lhes proporciono ao longo do tempo, desde a sessão de namorados, à reportagem do dia do casamento, ao trabalho final.

 

Casamento na Quinta do Hespanhol, com fotografia de João makes photos

Nestes tempos globais, em que as imagens circulam a uma velocidade vertiginosa e todos temos acesso a tudo, a qualquer hora, onde vais buscar inspiração?

Uso um conjunto de fontes para me inspirar. Primeiro, ver o que me rodeia com um novo olhar todos os dias — a vida é muito curta, e acredito que se nos sentirmos agradecidos pelo privilégio que é viver em paz, com condições de subsistência, e ainda por cima num país com muita luz e um oceano a duas horas de distância, essa abordagem transforma o mais horrível dos cenários num mundo de novas perspectivas.

De seguida, através de um consumo disciplinado. Explico: adoro ver o trabalho de todos os meus colegas fotógrafos, e a Internet é essencial para os acompanhar. Mas as verdadeiras fontes de inspiração, para mim, estão na “fotografia de velocidade lenta”, isto é, nos livros. Consumo livros com fotografias e sobre fotografias e fotógrafos. Faço o mesmo com pintura, design e arquitectura. Dir-me-ás: mas de que formas usas essas referências quando fotografas um casamento? Poderei não as usar, mas educo-me para ter referências mais diversas, que estimulam a capacidade de abstracção.

Por fim, procuro inspirar-me no que é diferente do que vejo todos os dias, e para isso viajo. Não preciso de ir ao Índico ou ao Pacífico, posso muito bem ir a Trás os Montes ou ao Alentejo, caminhar e falar com pessoas. O que quero dizer é que é preciso — e gosto muito de — sair regularmente do local onde passamos a maioria do tempo, e mudar de ares. Acho que ninguém discorda disto.

 

Como construíste essa tua assinatura, como a defines?

O JOÃOMAKESPHOTOS, o João que faz fotografias e conta histórias, é a junção destes dois indivíduos: o curioso que se fez jornalista, o documentarista que anseia registar momentos e ajudar a criar uma herança visual. Porque, especificamente nos casamentos, uma boa parte do que fazemos é isso: oferecer aos casais uma herança visual.

 

Quando precisas de fazer reset, para onde olhas, o que fazes?

Como disse anteriormente: olho para fora da minha bolha. E neste momento olho para Lisboa. É que após mais de uma década a viver no centro da cidade mudei-me para a outra margem do rio, e do local onde estou agora vejo o Tejo e as sete colinas por inteiro a todas as horas do dia. Estar fora do bulício onde vivi durante mais de uma década está a ser revigorante.

 

Casamento na Quinta do Hespanhol, com fotografia de João makes photos

De Lisboa para o mundo, ou Portugal de lés a lés: fotografar estrangeiros é diferente de fotografar casamentos nacionais?

É diferente porque há menos tempo para me relacionar com os casais, que é um aspecto essencial na minha abordagem à fotografia de casamento. Eu procuro não ser um mero prestador de serviço, eu quero estar envolvido na história do dia e para isso preciso de tempo para entrar nesse círculo. Com casais estrangeiros há menos tempo para conseguir fazê-lo. No restante, é absolutamente igual: fotografamos pessoas apaixonadas que juntaram num dia os amigos e a família mais próximos, com tudo o que isso traz de boas energias.

 

Para todos os que ficam, de facto, interessados em ter-me como o seu fotógrafo eu procuro de imediato que nos conheçamos e nos sentemos a conversar. Uma boa ligação entre o fotógrafo e o casal é essencial, e eu procuro conhecer e dar-me a conhecer.

 

Qual é o teu processo de trabalho, como acontece a ligação com os teus clientes?

A maioria dos meus casais encontram-me de duas formas: através da recomendação de clientes anteriores, ou através da Internet: sobretudo o Simplesmente Branco e as redes sociais.

Para todos os que ficam, de facto, interessados em ter-me como o seu fotógrafo eu procuro de imediato que nos conheçamos e nos sentemos a conversar. Uma boa ligação entre o fotógrafo e o casal é essencial, e eu procuro conhecer e dar-me a conhecer.

 

Casamentos grandes ou pequeninos, nacionais ou estrangeiros, cerimónias emotivas, festas de arromba – qual é o tipo de festa que mais gostas de fotografar?

Eu gosto de todos os tipos de festa. A minha perspectiva é simples: os casamentos são as pessoas, e se todos se permitirem expressar os seus sentimentos — dos noivos aos convidados, da família aos celebrantes — o dia será repleto de boas energias e de boas recordações. Nós, fotógrafos, só temos de conseguir envolver-nos e tornar-nos parte, e estar atentos para captar isso.

 

Qual é a melhor parte de ser um fotógrafo de casamento? E o mais desafiante e difícil?

É o privilégio de ser escolhido para registar momentos de intimidade, e para criar uma herança visual.

O mais desafiante é sempre o que está relacionado com as condições para fotografar: é um dia que passa a correr, com espaços e iluminações imprevisíveis, com a meteorologia que pode não colaborar, etc., e para tudo isso nós, fotógrafos, temos de encontrar soluções e conseguir, ainda, usar da nossa criatividade para, nos momentos que são mais do que documentais, criar imagens únicas para os nossos clientes.

 

Escolhe uma imagem favorita do teu portfolio e conta-nos porquê:

Uma das minhas imagens favoritas é uma fotografia que imediatamente após tê-la registado pensei “isto parece um momento Steve McCurry”. Explico: é uma fotografia vertical do conjunto de madrinhas a abraçar a noiva, escondendo-a no meio do turbilhão; os sapatos coloridos desarrumados na relva; estão todas de costas para mim; e uma brisa que soprou naquele momento. Essa fotografia assemelha-se a uma das minhas preferidas do Steve McCurry: a de um conjunto de meninas com vestes coloridas que, no meio de uma tempestade de areia, penso que na Índia, se abrigam juntado-se e abraçando-se. Foi pura coincidência, mas é uma imagem de que gosto muito, mais ainda pela comicidade que essa mesma comparação João / Steve McCurry suscita.

 

 

Os contactos detalhados do João makes photos, estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, cheia de imagens bonitas e contactem-no directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

As imagens que escolhi para acompanhar esta conversa com o João Pedro Correia, são do belo casamento da Joana + Hendrik, na Quinta do Hespanhol. Vão lá espreitar o resto!

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

Susana Pinto

Casamento na Quinta do Hespanhol: Joana + Hendrik, um dia cheio de amor

Hoje trazemos um casamento na Quinta do Hespanhol, fotografado pelo João Pedro Correia, que assina como João Makes Photos.

É o doce dia da Joana + Hendrik e a sua trupe de amigos e família internacionais, que começou na bonita Igreja da Memória, na Ajuda, e seguiu, em festa animada com dedo da Jukebox e até de madrugada, para a Quinta do Hespanhol. Com eles estiveram ainda a dupla Fullcut e a Flor de Laranjeira.

Fizémos uma selecção de imagens longa, porque este dia merece o vosso tempo.

Bom fim-de-semana!

 

 

 

 

 

 

 

 

Quando a resposta foi “sim!”, como é que imaginaram o vosso dia?

Para dizer sim, no nosso caso, são precisos 3 idiomas. Talvez por isso a imaginação não tenha ido muito além do essencial: que por um dia não houvesse distância entre as nossas pessoas.

De resto, houve sobretudo contemplação e uma imensa alegria por tudo o que somámos e nos levou até esse momento.

 

 

 

 

 

 

Quando a resposta foi “sim!”, como é que imaginaram o vosso dia?

Para dizer sim, no nosso caso, são precisos 3 idiomas. Talvez por isso a imaginação não tenha ido muito além do essencial: que por um dia não houvesse distância entre as nossas pessoas.

De resto, houve sobretudo contemplação e uma imensa alegria por tudo o que somámos e nos levou até esse momento.

 

 

 

 

 

 

 

 

Sentiam-se preparados ou foi um caminho com muitos nervos?

Depois de 4 anos entre Hamburgo, Lisboa e Colónia, do adeus a cidades, países, carreiras, família e amigos, o casamento foi mais um motivo de felicidade do que de ansiedade. Por outro lado, devo dizer que não estava preparada para fazer uso quase diário da palavra “fornecedores”. Achei que era um exclusivo do retalho.

 

 

 

 

 

 

 

 

Em que momento da organização do casamento é que sentiram, «é mesmo isto»?

Na primeira ida à Quinta do Hespanhol. Aliás, foi tão óbvio que era o nosso sítio, que decidimos fazer a festa no ano seguinte, face à impossibilidade de calendário da quinta em 2017. Sim, foi nesse momento que descobrimos que as pessoas organizam casamentos com um ano (às vezes mais) de antecedência.

 

 

 

 

 

Casamento na Quinta do Hespanhol-fotografia de casamento Joao Makes Photos

 

 

 

O resultado é fiel às ideias iniciais ou muito diferente? Contaram com alguma ajuda?

Foi sobretudo fiel ao que somos. Não houve um plano exacto de início nem ideias rígidas, fomos tomando as decisões ao longo do tempo, somando detalhe a detalhe. O facto de vivermos na Alemanha e irmos casar em Portugal ajudou a relativizar, não seria possível controlar tudo à distância nem tomar decisões com a mesma segurança ou rapidez. Ainda assim, quase tudo foi idealizado por nós e, mesmo nos serviços que a Quinta do Hespanhol presta, estivemos 100% envolvidos. A Ana e a sua equipa foram incansáveis e perceberam-nos desde o primeiro momento. Contámos também com a família e os amigos: no coro da Igreja, na impressão e organização dos menus, seating plan e missais, que desenhei, ou até a contar cabeças num autocarro que levou os estrangeiros da Igreja até à festa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O que era fundamental para vocês? E sem importância?

Que quem viesse de longe também se sentisse em casa. Conhecemo-nos em Portugal, não poderíamos casar noutro lugar. Mas também somos Alemanha, e todos os outros sítios onde já passámos e fizemos amigos. Queríamos que isso estivesse presente na cerimónia, na festa e no espírito. O protocolo foi perdendo importância ao longo do processo, até ter quase nenhuma.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O que foi mais fácil? E o que foi mais difícil?

Escolher os detalhes da decoração foi provavelmente o mais fácil. Funcionou um bocadinho como em nossa casa, partilhamos o sentido estético, não há grande discussão. Não sei se será estranho, mas também foi uma questão de dias até termos fato ou vestido. O mais difícil foi ver o tempo passar tão depressa no dia do casamento, não o poder esticar para conseguir retribuir devidamente todo o amor que recebemos naquele dia. E comer os doces.

 

 

 

 

 

Casamento na Quinta do Hespanhol-fotografia de casamento Joao Makes Photos

 

 

Casamento na Quinta do Hespanhol-fotografia de casamento Joao Makes Photos

 

Qual foi o pico sentimental do vosso dia?

Não será exagero dizer que vivemos esse dia no pico, sem descanso.

Mas a memória da entrada na Igreja ao som da minha irmã e das nossas amigas que cantaram no coro continua a emocionar-nos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

E o pico de diversão?

Talvez o momento em que os portugueses descobriram que o tema “Joana”, de Marco Paulo, é afinal uma adaptação do original alemão de Roland Kaiser. E a prestação da Avó Ana na pista de dança, de bengala, às 4 da manhã.

 

 

 

 

Casamento na Quinta do Hespanhol-fotografia de casamento Joao Makes Photos

 

 

 

 

Casamento na Quinta do Hespanhol-fotografia de casamento Joao Makes Photos

 

 

 

 

 

Um pormenor especial…

O concerto ao fim da tarde, antes do jantar.

 

Agora que já aconteceu, mudavam alguma coisa?

O nosso dia foi tão incrível que, sempre que me lembro do que nos esquecemos ou do que poderia ter corrido melhor, penso que não mudava nada, sob pena de não ser o que foi.

 

 

 

 

 

 

 

 

Casamento na Quinta do Hespanhol-fotografia de casamento Joao Makes Photos

 

Algumas words of advice para as próximas noivas…

Deleguem o que seja de extrema importância no dia e, acima de tudo, tomem um bom pequeno almoço!

 

Casamento na Quinta do Hespanhol-fotografia de casamento Joao Makes Photos

 

 

 

 

 

 

Casamento na Quinta do Hespanhol-fotografia de casamento Joao Makes Photos

 

 

 

 

 

Os fornecedores envolvidos:

 

convites e materiais gráficos: Save The Date (ilustração da Mariana, a Miserável);

menus, seating plan e missais: desenhados pela noiva;

espaço, decoração, catering e bolo dos noivos: Quinta do Hespanhol;

fato do noivo e acessórios: Tiger of Sweden e Mrs Bow Tie;

vestido de noiva e sapatos: vestido Laure de Sagazan e sapatos Atelier Fátima Alves;

maquilhagem: Maria Casanova Neves;

cabelos: Good Haird Day by Lília Costa;

bouquet de noiva: Flor de Laranjeira;

ofertas aos convidados: Dreambox Photobooth;

fotografia: João Makes Photos;

vídeo: Fullcut;

luzes, som e Dj: Jukebox.

 

Susana Pinto

Casamento no Alentejo com Coral Alentejano: Ana + Carlos

Esta semana damos um pulinho até Montemor, para um casamento no Alentejo com Coral Alentejano incluído em vários momentos da festa, o que é muito mágico: um conjunto de vozes masculinas em uníssono, num ritmo impossivelmente lento, a vários tons.

A Ana + Carlos rumaram a sul para casar, juntamente com a família e os amigos, e imaginaram o mais bonito dos dias cheio de emoções fortes e alguma tradição. O João Pedro Correia, que assina João makes photos, esteve com eles e mostra-nos como doce foi este dia.

O vestido da Ana, feito pela Joana Montez, é uma maravilha, venham daí ver este dia luminoso!

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Quando a resposta foi “sim!”, como é que imaginaram o vosso dia?

Pensámos que iria ser o primeiro dia do resto das nossas vidas. Queríamos que a felicidade do “sim” nunca mais acabasse! Confessamos que nunca tínhamos pensado em planear um casamento, nem tão pouco nas tarefas inerentes a fazê-lo. Sentimos que tínhamos de proporcionar várias surpresas aos nossos convidados, e foi o que fizemos. Durante a celebração, o Cante Alentejano reinou e no jantar tivemos a honra de ter um amigo que encantou com o Fado de Coimbra. Foram momentos únicos e preenchidos de amor.

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Vestido de noiva Joana Montez

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Sentiam-se preparados ou foi um caminho com muitos nervos?

Foi um caminho longo, com muitas tarefas para idealizar, mas no fim tudo correu como imaginámos. É importante planear todos os pormenores do nosso dia, pois queremos vivê-lo para sempre e lembrá-lo todos os dias.

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Em que momento da organização do casamento é que sentiram, «é mesmo isto»?

Quando começámos a juntar todos os intervenientes, desde a primeira conversa com o Cónego Mário Tavares de Oliveira até à visita da quinta. Sentimos que iríamos ter o nosso dia, e que este seria o reflexo de cada um de nós, tudo o resto já estava à nossa imagem!

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

O resultado é fiel às ideias iniciais ou muito diferente? Contaram com alguma ajuda?

Foi tudo planeado com alguma antecedência e com muito carinho. Como tínhamos gostos semelhantes,  as ideias foram surgindo e as escolhas foram fáceis. Contámos apenas com a ajuda dos familiares e de amigos mais chegados. A nossa família foi fundamental na organização, ajudaram-nos em grande parte das tarefas, foram verdadeiros pilares.

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

O que era fundamental para vocês? E sem importância?

O fundamental, sem sombra de dúvida, foi a cerimónia na igreja, repleta de sentimentos e emoções. Uma verdadeira benção, sentimos que estavam todos presentes no dia. Tudo se revela extremamente importante, por isso podemos afirmar que não houve nenhum pormenor sem importância.

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

O que foi mais fácil? E o que foi mais difícil?

O mais fácil foi a escolha do fotógrafo, o João. Foi a decisão mais rápida e mais assertiva.

O mais difícil, dada a logística e a geografia — noiva e cerimónia em Alcácer do Sal, noivo em Avis, festa em Montemor-o-Novo —, foi encontrar a quinta que brilhasse nos nossos olhos e que fosse o nosso reflexo: a Herdade da Casa Branca.

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Qual foi o pico sentimental do vosso dia?

A cerimónia, acompanhada pelo Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa – Cante Alentejano, foi, sem dúvida, o pico sentimental do nosso dia. Deixou-nos de coração bem apertado.

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

E o pico de diversão?

A dança dos noivos foi o pico da diversão. Levámos quatro meses a preparar a Sevilhana que dançámos. Graças às Sevilhanas Rocieiras de Alcochete e à paciência do professor Rui Fonseca conseguimos apresentar a nossa Sevilhana.

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Um pormenor especial…

As lembranças que oferecemos aos nossos convidados refletem as nossas origens e os nossos gostos. Às meninas oferecemos um leque com uma gravação das nossas iniciais e a data do nosso casamento, feita por nós. Aos meninos oferecemos um chocalho em porta-chaves, também com as nossas iniciais. Foram lembranças que projectámos com muito carinho e gratidão para os nossos amigos e familiares.

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Agora que já aconteceu, mudavam alguma coisa?

Não mudávamos nada, aconteceu tudo como idealizámos e como esperávamos. Cada hora foi passada com muito entusiasmo, tanto nos dias de preparação como no próprio dia. Faríamos tudo exatamente igual.

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Algumas words of advice para as próximas noivas…

Simplesmente aproveitem cada momento e cada emoção, divirtam-se e vivam o vosso dia.

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Bolo dos noivos decorado com peónias vermelhas.

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Casamento no Alentejo com cante alentejano

 

Os fornecedores envolvidos:

 

convites e materiais gráficos: Isatelier (convites, missais, livro de honra, cones, autocolantes, ementas e organização das mesas);

espaço: Herdade da Casa Branca;

bolo dos noivos e catering: Catering Tempero de Alegria;

fato do noivo e acessórios: Labrador (fato e acessórios);

vestido de noiva e acessórios: vestido e mantilha Joana Montez, jóia de família aplicada na mantilha e sapatos Rui Branco;

maquilhagem: Joana Moreira;

cabelos: Isabel Ricardo;

bouquet de noiva e decoração da igreja: Florista O Bouquet;

decoração do espaço: escolhida por nós e familiares, juntamente com o Catering.

ofertas aos convidados: Chocalhos Pardalinho e leques Casamentos e Complementos;

fotografia: João makes photos

vídeo: Make Me Feel Weddings

luzes, som e Dj: Dj D’jav

 

Susana Pinto

À conversa com: João makes photos, fotografia de casamento

Hoje a conversa boa é com o João Pedro Correia, que assina como João makes photos – fotografia de casamento.

Conhecemo-nos por acaso, como tantas vezes acontece neste universo digital: uma referência num site que linka para outro site e tropeço no site do João makes photos. E mais do que as imagens, prenderam-me as palavras com que se apresentava. Iniciámos a nossa conversa e após longo namoro por escrito – porque estas coisas têm o seu momento certo -, demos as boas-vindas ao João Pedro aqui no Simplesmente Branco.

Gosto de conversar com o João, mesmo que falemos pouco. Gosto de o ouvir, tem voz de rádio (foi profissional da Renascença) , gosto de o ler e gosto muito do seu trabalho, que é, da mesma forma, claro, conciso, articulado, nítido. Tal como uma boa história deve ser contada.

 

Porque, especificamente nos casamentos, uma boa parte do que fazemos é isso: oferecer aos casais uma herança visual.

 

Conta-nos um pouco da tua viagem profissional até aqui, à fotografia de casamento.

Fui jornalista durante 10 anos, nos quais a fotografia foi uma segunda profissão. Mas, na verdade, o que sempre fui foi fotógrafo: fiz-me jornalista porque queria ser fotojornalista. Só que algures nesse percurso também gostei de contar histórias pelas palavras, e a imprensa e a rádio meteram-se no meu caminho.

 

Há quanto tempo fotografas? E porquê casamentos?

Há 10 anos, com especial enfoque nos casamentos há 5 anos. Os casamentos chegaram como acho que acontece a muitos de nós: um amigo pediu-nos para fotografar o seu dia. E aí percebi que podia aliar à fotografia o meu interesse por contar histórias e envolver-me com pessoas, que é o que mais gosto nesta área da profissão: o contacto com os casais, e a abordagem à fotografia do seu casamento como uma experiência que lhes proporciono ao longo do tempo, desde a sessão de namorados, à reportagem do dia do casamento, ao trabalho final.

 

Nestes tempos globais, em que as imagens circulam a uma velocidade vertiginosa e todos temos acesso a tudo, a qualquer hora, onde vais buscar inspiração?

Uso um conjunto de fontes para me inspirar. Primeiro, ver o que me rodeia com um novo olhar todos os dias — a vida é muito curta, e acredito que se nos sentirmos agradecidos pelo privilégio que é viver em paz, com condições de subsistência, e ainda por cima num país com muita luz e um oceano a duas horas de distância, essa abordagem transforma o mais horrível dos cenários num mundo de novas perspectivas.

De seguida, através de um consumo disciplinado. Explico: adoro ver o trabalho de todos os meus colegas fotógrafos, e a Internet é essencial para os acompanhar. Mas as verdadeiras fontes de inspiração, para mim, estão na “fotografia de velocidade lenta”, isto é, nos livros. Consumo livros com fotografias e sobre fotografias e fotógrafos. Faço o mesmo com pintura, design e arquitectura. Dir-me-ás: mas de que formas usas essas referências quando fotografas um casamento? Poderei não as usar, mas educo-me para ter referências mais diversas, que estimulam a capacidade de abstracção.

Por fim, procuro inspirar-me no que é diferente do que vejo todos os dias, e para isso viajo. Não preciso de ir ao Índico ou ao Pacífico, posso muito bem ir a Trás os Montes ou ao Alentejo, caminhar e falar com pessoas. O que quero dizer é que é preciso — e gosto muito de — sair regularmente do local onde passamos a maioria do tempo, e mudar de ares. Acho que ninguém discorda disto.

 

João makes photos - fotografia de casamento

 

João makes photos - fotografia de casamento

 

João makes photos - fotografia de casamento

 

Como construíste essa tua assinatura, como a defines?

O JOÃOMAKESPHOTOS, o João que faz fotografias e conta histórias, é a junção destes dois indivíduos: o curioso que se fez jornalista, o documentarista que anseia registar momentos e ajudar a criar uma herança visual. Porque, especificamente nos casamentos, uma boa parte do que fazemos é isso: oferecer aos casais uma herança visual.

 

Quando precisas de fazer reset, para onde olhas, o que fazes?

Como disse anteriormente: olho para fora da minha bolha. E neste momento olho para Lisboa. É que após mais de uma década a viver no centro da cidade mudei-me para a outra margem do rio, e do local onde estou agora vejo o Tejo e as sete colinas por inteiro a todas as horas do dia. Estar fora do bulício onde vivi durante mais de uma década está a ser revigorante.

 

De Lisboa para o mundo, ou Portugal de lés a lés: fotografar estrangeiros é diferente de fotografar casamentos nacionais?

É diferente porque há menos tempo para me relacionar com os casais, que é um aspecto essencial na minha abordagem à fotografia de casamento. Eu procuro não ser um mero prestador de serviço, eu quero estar envolvido na história do dia e para isso preciso de tempo para entrar nesse círculo. Com casais estrangeiros há menos tempo para conseguir fazê-lo. No restante, é absolutamente igual: fotografamos pessoas apaixonadas que juntaram num dia os amigos e a família mais próximos, com tudo o que isso traz de boas energias.

 

Para todos os que ficam, de facto, interessados em ter-me como o seu fotógrafo eu procuro de imediato que nos conheçamos e nos sentemos a conversar. Uma boa ligação entre o fotógrafo e o casal é essencial, e eu procuro conhecer e dar-me a conhecer.

 

Qual é o teu processo de trabalho, como acontece a ligação com os teus clientes?

A maioria dos meus casais encontram-me de duas formas: através da recomendação de clientes anteriores, ou através da Internet: sobretudo o Simplesmente Branco e as redes sociais.

Para todos os que ficam, de facto, interessados em ter-me como o seu fotógrafo eu procuro de imediato que nos conheçamos e nos sentemos a conversar. Uma boa ligação entre o fotógrafo e o casal é essencial, e eu procuro conhecer e dar-me a conhecer.

 

Casamentos grandes ou pequeninos, nacionais ou estrangeiros, cerimónias emotivas, festas de arromba – qual é o tipo de festa que mais gostas de fotografar?

Eu gosto de todos os tipos de festa. A minha perspectiva é simples: os casamentos são as pessoas, e se todos se permitirem expressar os seus sentimentos — dos noivos aos convidados, da família aos celebrantes — o dia será repleto de boas energias e de boas recordações. Nós, fotógrafos, só temos de conseguir envolver-nos e tornar-nos parte, e estar atentos para captar isso.

 

Qual é a melhor parte de ser um fotógrafo de casamento? E o mais desafiante e difícil?

É o privilégio de ser escolhido para registar momentos de intimidade, e para criar uma herança visual.

O mais desafiante é sempre o que está relacionado com as condições para fotografar: é um dia que passa a correr, com espaços e iluminações imprevisíveis, com a meteorologia que pode não colaborar, etc., e para tudo isso nós, fotógrafos, temos de encontrar soluções e conseguir, ainda, usar da nossa criatividade para, nos momentos que são mais do que documentais, criar imagens únicas para os nossos clientes.

 

João makes photos - fotografia de casamento

 

João makes photos - fotografia de casamento

 

João makes photos - fotografia de casamento

 

Escolhe uma imagem favorita do teu portfolio e conta-nos porquê:

É uma fotografia que está logo na entrada de joaomakesphotos.com: a da mais gélida sessão de namorados de sempre! O casal, a Marta e o Pedro, estão abraçados e enrolados numa manta vermelha que por acaso eu tinha na mala do carro — a minha Joana é muito friorenta… —, na Serra de Sintra, num fim de dia gelado de Outubro de 2016, no que viria a ser uma noite de super-lua. E a história é esta:

Durante toda a tarde a Marta esteve sempre muitíssimo entusiasmada por estar a ser fotografada, e o Pedro muito tímido. As horas passaram e no momento mais desconfortável do dia o Pedro está, finalmente, no ponto, feliz por estar a viver aquela experiência, enquanto a Marta está em sofrimento — estava muito frio. A fotografia conta a história dessa inversão dos papéis, e vive dos sorrisos rasgados deles.

 

Uma das minhas imagens favoritas de 2017 ainda não foi tornada pública — prometo fazê-lo em breve. É uma fotografia que imediatamente após tê-la registado pensei “isto parece um momento Steve McCurry”. Explico: é uma fotografia vertical do conjunto de madrinhas a abraçar a noiva, escondendo-a no meio do turbilhão; os sapatos coloridos desarrumados na relva; estão todas de costas para mim; e uma brisa que soprou naquele momento. Essa fotografia assemelha-se a uma das minhas preferidas do Steve McCurry: a de um conjunto de meninas com vestes coloridas que, no meio de uma tempestade de areia, penso que na Índia, se abrigam juntado-se e abraçando-se. Foi pura coincidência, mas é uma imagem de que gosto muito, mais ainda pela comicidade que essa mesma comparação João / Steve McCurry suscita.

 

João makes photos - fotografia de casamento

 

Os contactos detalhados do João makes photos, estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, cheia de imagens bonitas e contactem-no directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!